segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Perdi meu voto?

Olá a todos. Uma coisa que brasileiro não gosta que aconteça é de ele perder voto por dá-lo a alguém que não ganhou uma eleição. Visão deturpada esta de que a pessoa precisa estar com a maioria, ou que somente ganhe em qualquer circunstância. Eu ouvi de minha amiga: “pra que votar em outro se a Dilma vai ganhar mesmo?” É pensando deste jeito que acabamos por colocar gente que não gostamos para nos representar. Querendo ou não, as pesquisas são um fator determinante de busca de votos. Quem vê, pensa em votar naquele que está na frente, quem está “ganhando”. Com isso as propostas, os planos e as idéias ficam em último plano.
Votar somente naquele que está ganhando nas pesquisas pode significar que não me importo muito com quem acredito que seja melhor para meu país, meu estado ou minha cidade. Somente importa que estarei junto da maioria, dos “vencedores”. Onde fica a ideologia nisso? Onde fica a consciência de ter votado corretamente? Seria o jeito certo de exercer a democracia? Parece desimportante isto – talvez até demagogo. Mas a verdade é que não acho certo escolher um candidato somente pelas pesquisas. O mercado (principalmente o musical) mostra isto o tempo todo: o que vende muito não quer dizer, necessariamente, que é bom.
Eu sei que votei em quem eu queria. Queria a Marina na presidência por acreditar no plano dela, de desenvolvimento sustentável. De propostas para a educação que realmente precisamos urgentemente – que tenho certeza que a outra não fará. Ver realmente o Brasil se desenvolvendo; e não uma obra aqui, um melhoramento ali, e os milhões dos nossos impostos irem parar nas contas dos corruptos de plantão.
Como eu queria que os 95% dos twiteiros refletissem a vontade do povo...
Mas eu espero que tenham notado isso: os twiteiros são compostos essencialmente por pessoas antenadas no mundo e que são, em maioria, jovens. Então acredito que sabem das necessidades ambientais, de que podemos unir desenvolvimento com consciência ambiental. Onde isso deve levar? Acredito que mostra uma nova tendência de gente preocupada com o planeta. Conciliar políticas públicas com desenvolvimento sustentável deverá, espero, ser uma preocupação constante nos discursos e atos dos políticos daqui para frente.
Mas o fato de Marina não ter ido para o segundo turno me decepcionou – mas não totalmente. Foi uma votação bastante expressiva – e me sinto feliz que o meu voto está lá no meio daqueles mais de dezenove milhões. Mostrou aos grandões que eles não são os donos do Brasil. Mostrou que o povo, aos poucos, está preferindo uma mudança na política de desmandos. Mostrou que o Brasil ainda tem solução.
É isso.



Música da Vez:

Ontem o Brasil passou por mais um processo de escolha de governantes. O que todos queremos, na essência de tudo, é que os dias sejam melhores. Pessoas de bem, que trabalham e pagam impostos, querem paz para dormir sossegados ao fim de um dia estressante. Quem tem família quer uma boa escola para os filhos. Queremos um trânsito mais humano. Queremos que todos no país tenham direito à saúde digna, sem ter que ficar pagando planos particulares. Há outros exemplos, claro - sem utopias. Coisas que podemos fazer e ter como cidadãos que somos. Mas no fim de tudo dá no mesmo que todos querem: dias melhores para viver a vida. Essa é a mensagem de Jota Quest - “Dias Melhores”.







Verdade seja dita (ou escrita):
Até quando vai existir essa coisa de comprar e vender votos? Ainda considero altos os números dos tribunais eleitorais quanto às prisões de eleitores e candidatos envolvidos com essa prática nessas eleições.