Garotos e garotas do meu Brasil varonil. *não é o Zé Bonitinho, hein* Aqui quem escreve é mais um brasileiro também cansado de uma semana de trabalho. Poderia inventar mil desculpas por não ter postado no último final de semana. Mas não faço isso. Foi preguiça mesmo. Estava tão cansado que deixei a preguiça tomar conta de mim - de novo. Então, não vou juntar o que postaria nesse período para este post. (porque além de ser uma péssima idéia, seria muito estranho) Estou escrevendo como se eu tivesse postado normalmente.
Depois da posse de Obama, não acompanhei o que aconteceu no mundo, mas espero que haja uma mudança de pensamento para o bem. As esperanças que os estadunidenses - e, porque não, muitos pelo mundo afora - depositaram no negão devem ser acompanhadas de pensamento positivo e boas ações. (e isso não é uma tentativa de evangelização) Pelo menos, eu vou procurar fazer minha parte não sujando ruas, economizando água, imprimindo menos no trabalho, comendo melhor, bebendo água, suco ou chá ao invés de refrigerantes, torcendo para haver paz entre os povos, andando de bicicleta (quando comprar a minha), entre outras coisas.
Por falar nisso, andar de bicicleta. Logo, comprarei uma e voltarei a dar minhas pedaladas. Porque? Hora essa, nunca ouviu falar que bicicleta é o único meio de transporte que realmente te ajuda a ter uma vida saudável? E aproveitando que a prefeitura (de Goiânia) vai fazer ciclovias na cidade, vou botar em prática o que eu estava planejando há muito tempo. Ao menos, para o trabalho eu quero ir todos os dias com a minha "bike". (menos quando estiver chovendo, claro) Evidentemente que no trajeto da minha casa para o trabalho não vai haver ciclovia ou ciclofaixa tão cedo, mas que importa? Desde que um maluco num carro desgovernado não me atropele, estou tranquilo. Quem estiver disposto, sugiro que faça o mesmo na sua cidade - compre uma boa bicicleta e pedale pelas ruas.
Agora, rapidamente, vou dar uma de crítico de cinema: Finalmente assisti "Marley e Eu" (
Veja no site Interfilmes) e posso garantir que o filme não estraga, nem engrandece, a obra de John Grogan. Parece mais um comercial de longa duração do livro. Adaptações e mudanças, claro, são esperadas e, em muitos casos, são bemvindas. Obviamente, não podemos esperar que o filme seja igualzinho ao que lemos no livro, mas é bom quando aparece alguma coisa que a gente diga: "Uau, foi assim?!" ou "Uau, eles fizeram isso!". Apesar da espera, filme passou longe de superar minhas espectativas como um bom amante de filmes. Chorei, claro. Foi muito bom ver gente - e um cão - representando a família Grogan, mas não chorei tanto quanto chorei lendo o livro. Não quer dizer que não gostei do filme. Gostei do que vi, mas prefiro, realmente, o livro. Então fica a dica: Para quem gosta de leituras e cães, pode ver o filme, mas prefira o livro chamado "Marley e Eu - A vida e o amor ao lado do pior cão do mundo".
Veja no site Livraria da TravessaPra finalizar, o senhor Celso Costa, cronista, há algumas semanas escreveu contando sobre sua aversão por jacas, o que me fez correr para o computador e escrever o meu último post em defesa das pesadas verdinhas. Então, para compreender o motivo do meu último post, transcrevo o texto, conforme prometido, com autorização do autor.
É isso.
Jaca jamais |
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Celso Costa Ferreira (costacelso@uol.com.br) |
Jamais gostei de jaca. Da mole, da dura ou da pastosa, se existir. Já as tive nas mãos várias vezes, abertas, fatiadas, totalmente à minha mercê, e nada. Na hora agá, rejeito a fruta. Pulo fora, invento desculpas, digo que "depois", e continuo sem saber o sabor que tem, que, com certeza, é péssimo, pois foi o que minha mãe me disse quando eu era criança. - o que já fui, acreditem. Aí está toda a origem de repulsa que tenho a jacas. Mamãe falou, água parou, como se dizia na época em que foi dito. "Filho, não comerás da jaca! É ruim", ela disse. Peguei jacafobia desde então. Não há jeito de vencer a resistência e botar um naquinho sequer na boca. E olha que tenho uma chácara em que pés de jacas abundam, e milhares, tá bom, cententas de jacas ficam lá dependuradas, imensas, provocativas e até cheirosas, concedo. Mas botar na boca, never! De vez em quando, uma cai ao chão, se esborracha toda, revelando suas entranhas amareladas e bonitas, mas malignas com certeza - mamãe disse! Os macacos, que antes rejeitavam as frutas, se esbaldam todas as manhãs nos galhos das jaqueiras. Em grande algazarra, empanturram-se tanto que me sinto expectador de um festim romano. Gosto de ver, faço fotos, penso que é bacana "aquilo" estar sendo útil pra bicharada, mas não participo da turma. Que bom que minha mãe não me botou trauma para as outras frutas. Como-as todas. Jaca é que é o problema. Até a tal da Mulher Jaca eu olho com certo desdém! Que risco corri, mãe. Se a senhora tivesse problemas também com melancia, jabuticaba, melão, moranguinho, minhas fantasias sexuais estariam comprometidas hoje em dia. Até filé eu não poderia comer. Jaca é o meu fruto proibido. Meus conhecimentos - ridículos - de botânica me informam que fruta-do-conde, ou pinha, ou ata, e araticum são da mesma família da rejeitada. Já provei das três, ou das duas - se duas forem uma só - para ir me acostumando com sabores parecidos e ter coragem de morder a proibida. Nem assim. Continuo rejeitando. Freud - sabia que ia sobrar pra ele, me cobrará um amigo psicanalista - o inventor dos traumas psicológicos - e que via sexo em tudo, menos no charuto que não tirava da boca - hum, entendi! - poderia interpretar esta minha jacafobia como recalques, figura da mãe, retrato do pai, superego fraco, id forte, ou o contrário, sei lá, e que com anos de terapia eu poderia superar a coisa e mergulhar de cabeça na fruta leitosa, o tal do seio bom. Ah, Fróide, vai te catar! Anos no divã só para gostar de jaca? Passo sem e não desobedeço mamãe. Psicanalistas têm essa história de seio bom, seio mau. Vê se pode! Deborah Secco com seio mau? Os dois são ótimos! Além, dos macacos, quem também gosta muito de jacas são uns amigos cariocas. Então trago para eles. Sabe-se lá por que, mas todo carioca gosta de jaca. Mas imagino que pra quem está acostumado com balas perdidas, arrastões, garotinhos e rosinhas, engolir jacas deve ser moleza, mesmo que da dura. Vou parar com este assunto, está me dando engulhos. Tenho uma baciada de docinhos de coco me esperando e não quero atrapalhar meu apetite. Tô firme, mãe. Jaca jamais!
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Em tempo: Parabéns a todos os brasileiros pelos 25 anos das Diretas Já. O movimento do povo para reivindicar por eleições presidenciais diretas no Brasil ocorrido em 1984. Esse movimento ajudou a termos a democracia que temos hoje. Tá certo que capenga em vários aspectos, mas é bem melhor que um governo ditatorial. Que nosso Brasil nunca mais passe por uma história parecida.
Música da Vez:A música dessa vez é como um pedido para os brasileiros apreciarem e cuidarem melhor do que existe dentro das imediações tupiniquins. Essa história que só é bom o que é de fora, sinceramente, nunca gostei. Tem muita coisa boa no Brasil, esteja certo disso. Na voz da graciosa (maravilhosa! poderosa! vitaminada!) cantora goiana, Maria Eugênia, estes versos fazem muito sentido: "Andam falando que nóis é caipira/Que nóis tem que aprender inglês/Que nóis tem que fazer sucesso fora/Deixe de bestage, Nóis nem sabe o português". Tá certo que a música fala mais de goianos do que de outros estados, mas acho que, da mesma forma que Goiás, todos os estados têm suas peculiaridades que devem ser apreciadas. A música é
Nóis é jeca mas é jóia
Verdade seja dita (ou escrita): |
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Voltando ao assunto da posse de Obama. Eu fiquei maravilhado em ver (acompanhei pela internet) que mais de dois milhões de estadunidenses lotaram aquela praça (não sei se é isso) em Washington. Acreditava o povo, talvez, sentisse vergonha de políticos depois das canalhices do Bush nos últimos oito anos. Mas não! Eles depositaram todas as esperanças e o desejo de mudança no homem, e boa parte esteve lá vendo Obama fazer o juramento. Esse é o exemplo que levo e peço aos meus conterrâneos para seguir. Se um governante não está sendo bom agora, votemos no outro para tentar fazer diferente. Alguém tem que fazer certo, não é possível! O Brasil precisa mudar para crescer. Mas não é mudar por mudar. É mudar a maneira como tratamos uns aos outros. É mudar o que estamos ensinando, e aprendendo, nas escolas. É mudar a forma que trabalhamos no dia-a-dia. Aí chega alguém e pergunta: mas que adianta se lá em Brasília (como se fosse só lá) so tem corrupção e outras mazelas? E porque lá tem muitos políticos corruptos, nós precisamos ser más como pessoas? Nem todo político é corrupto. Pode ter certeza que em algum lugar tem alguém fazendo a coisa certa. O mais correto não seria esperar pelo governo para fazer uma boa ação na minha cidade, ou no meu bairro. A cidadania é minha porque eu sou o cidadão. É o que penso. |