sábado, 31 de janeiro de 2009

Vida Moderna

Olá, meus queridos leitores (abissais, como diria meu amigo Salem). Vou colocar nesta postagem um pequeno conto da vida moderna:
--o--
Era uma vez Fulano, Beltrana e Cicrano. Os três trabalham numa mesma empresa. Fulano é casado com uma bela mulher, muito trabalhadora, e muito ciumenta. Beltrana tem como marido um rapaz até boa gente. Acontece que Fulano e Beltrana, há algum tempo, começaram a ter um caso (extra-conjugal, palavra certa) e a esposa de Fulano descobriu. Podem imaginar o que ela fez? Pra quem não imagina, vou contar: Numa bela tarde de sol, a esposa de Fulano apareceu na firma e aprontou um ver-da-dei-ro bar-ra-co!! – que, parece, durou até bem depois do expediente.
Não. Isso não é uma cena do próximo capítulo da novela das oito. É uma situação até bem corriqueira nas empresas que, pra falar a verdade, deveria ser banida. Mas o povo toma vergonha? Pufff... Isso é outra coisa. Na sabedoria popular: “Onde se ganha o pão, não se come a carne”.
Mas onde entra o Cicrano nessa história?
Bom, o Cicrano, que trabalha num departamento bem afastado desses dois, no dia seguinte recebeu a visita do patrão-todo-poderoso-mega-master-ultra-blaster, Senhor Xis, que lhe disse que logo precisará dele para cobrir um outro departamento. Acho que fica subentendido o motivo.
Duas perguntas cabem aqui: Primeiro, o que Cicrano tem a ver com a história para pagar pelos pecados dos outros? Segundo, tem alguém para cobrir Cicrano no seu departamento?
Esse é o problema. O pessoal que faz isso não sabe (ou, não se importa) que acaba atingindo outras pessoas (tanto familiares, como amigos, ou até colegas de serviço) quando fazem uma verdadeira besteira. Não fazem idéia do tamanho da injustiça que cometem ao preferir adultério.
Agora, quanto ao Cicrano, não tem ninguém para cobrí-lo no departamento que ele atua. Ele vai ter que dar conta dos dois – como se ele não tivesse muita coisa acumulada pra fazer.
--o--

É uma realidade. Enquanto o povo fica assistindo novelas, isso acontece na vida real. O negócio é aplicar um ensinamento de uma famosa política: “Relaxa e goza!!” (Se for possível...)


Música da Vez:

Já viram que um dos temas principais hoje é trabalho. (Sinto muito pra quem pensou que era fofoca) Embora concorde com Ary Toledo - que diz que uma das três maiores mentiras do mundo era que ‘trabalho dignifica o homem’ -, acho que trabalhar é a melhor coisa que o homem faz na vida, mesmo que não goste. Então, uma música que sintetiza bem essa idéia é da Adriana Calcanhoto: Formiga Bossa Nova. Bonitinha e bem simpática. Veja no Youtube






Verdade seja dita (ou escrita):

Estou pensando seriamente em lançar uma nova campanha: "Desligue o alarme antes de usar". Porque, fala sério, o próprio dono esquecer de desligar um alarme antes de entrar no carro, ou ligar a moto, é muito incômodo. O sujeito(a) coloca o alarme para se proteger de bandidos, mas na hora de usar, esquece que possui o alarme (e que está ligado) e deixa aquele barulho infernal de PÉMM, PÉMM,PÉMM... ou então vem aquele UIUUU, UIUUU, UIUUU... É chato demais. Acho que se eu fosse cardíaco, e me assustasse facilmente, não estaria aqui para escrever isso.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Há semanas e... semanas

Garotos e garotas do meu Brasil varonil. *não é o Zé Bonitinho, hein* Aqui quem escreve é mais um brasileiro também cansado de uma semana de trabalho. Poderia inventar mil desculpas por não ter postado no último final de semana. Mas não faço isso. Foi preguiça mesmo. Estava tão cansado que deixei a preguiça tomar conta de mim - de novo. Então, não vou juntar o que postaria nesse período para este post. (porque além de ser uma péssima idéia, seria muito estranho) Estou escrevendo como se eu tivesse postado normalmente.

Depois da posse de Obama, não acompanhei o que aconteceu no mundo, mas espero que haja uma mudança de pensamento para o bem. As esperanças que os estadunidenses - e, porque não, muitos pelo mundo afora - depositaram no negão devem ser acompanhadas de pensamento positivo e boas ações. (e isso não é uma tentativa de evangelização) Pelo menos, eu vou procurar fazer minha parte não sujando ruas, economizando água, imprimindo menos no trabalho, comendo melhor, bebendo água, suco ou chá ao invés de refrigerantes, torcendo para haver paz entre os povos, andando de bicicleta (quando comprar a minha), entre outras coisas.

Por falar nisso, andar de bicicleta. Logo, comprarei uma e voltarei a dar minhas pedaladas. Porque? Hora essa, nunca ouviu falar que bicicleta é o único meio de transporte que realmente te ajuda a ter uma vida saudável? E aproveitando que a prefeitura (de Goiânia) vai fazer ciclovias na cidade, vou botar em prática o que eu estava planejando há muito tempo. Ao menos, para o trabalho eu quero ir todos os dias com a minha "bike". (menos quando estiver chovendo, claro) Evidentemente que no trajeto da minha casa para o trabalho não vai haver ciclovia ou ciclofaixa tão cedo, mas que importa? Desde que um maluco num carro desgovernado não me atropele, estou tranquilo. Quem estiver disposto, sugiro que faça o mesmo na sua cidade - compre uma boa bicicleta e pedale pelas ruas.

Agora, rapidamente, vou dar uma de crítico de cinema: Finalmente assisti "Marley e Eu" (Veja no site Interfilmes) e posso garantir que o filme não estraga, nem engrandece, a obra de John Grogan. Parece mais um comercial de longa duração do livro. Adaptações e mudanças, claro, são esperadas e, em muitos casos, são bemvindas. Obviamente, não podemos esperar que o filme seja igualzinho ao que lemos no livro, mas é bom quando aparece alguma coisa que a gente diga: "Uau, foi assim?!" ou "Uau, eles fizeram isso!". Apesar da espera, filme passou longe de superar minhas espectativas como um bom amante de filmes. Chorei, claro. Foi muito bom ver gente - e um cão - representando a família Grogan, mas não chorei tanto quanto chorei lendo o livro. Não quer dizer que não gostei do filme. Gostei do que vi, mas prefiro, realmente, o livro. Então fica a dica: Para quem gosta de leituras e cães, pode ver o filme, mas prefira o livro chamado "Marley e Eu - A vida e o amor ao lado do pior cão do mundo". Veja no site Livraria da Travessa

Pra finalizar, o senhor Celso Costa, cronista, há algumas semanas escreveu contando sobre sua aversão por jacas, o que me fez correr para o computador e escrever o meu último post em defesa das pesadas verdinhas. Então, para compreender o motivo do meu último post, transcrevo o texto, conforme prometido, com autorização do autor.

É isso.







Jaca jamais

Celso Costa Ferreira

(costacelso@uol.com.br)

Jamais gostei de jaca. Da mole, da dura ou da pastosa, se existir. Já as tive nas mãos várias vezes, abertas, fatiadas, totalmente à minha mercê, e nada. Na hora agá, rejeito a fruta. Pulo fora, invento desculpas, digo que "depois", e continuo sem saber o sabor que tem, que, com certeza, é péssimo, pois foi o que minha mãe me disse quando eu era criança. - o que já fui, acreditem.


Aí está toda a origem de repulsa que tenho a jacas. Mamãe falou, água parou, como se dizia na época em que foi dito. "Filho, não comerás da jaca! É ruim", ela disse. Peguei jacafobia desde então. Não há jeito de vencer a resistência e botar um naquinho sequer na boca.


E olha que tenho uma chácara em que pés de jacas abundam, e milhares, tá bom, cententas de jacas ficam lá dependuradas, imensas, provocativas e até cheirosas, concedo. Mas botar na boca, never! De vez em quando, uma cai ao chão, se esborracha toda, revelando suas entranhas amareladas e bonitas, mas malignas com certeza - mamãe disse!


Os macacos, que antes rejeitavam as frutas, se esbaldam todas as manhãs nos galhos das jaqueiras. Em grande algazarra, empanturram-se tanto que me sinto expectador de um festim romano. Gosto de ver, faço fotos, penso que é bacana "aquilo" estar sendo útil pra bicharada, mas não participo da turma.


Que bom que minha mãe não me botou trauma para as outras frutas. Como-as todas. Jaca é que é o problema. Até a tal da Mulher Jaca eu olho com certo desdém!


Que risco corri, mãe. Se a senhora tivesse problemas também com melancia, jabuticaba, melão, moranguinho, minhas fantasias sexuais estariam comprometidas hoje em dia. Até filé eu não poderia comer.


Jaca é o meu fruto proibido.


Meus conhecimentos - ridículos - de botânica me informam que fruta-do-conde, ou pinha, ou ata, e araticum são da mesma família da rejeitada. Já provei das três, ou das duas - se duas forem uma só - para ir me acostumando com sabores parecidos e ter coragem de morder a proibida. Nem assim. Continuo rejeitando.


Freud - sabia que ia sobrar pra ele, me cobrará um amigo psicanalista - o inventor dos traumas psicológicos - e que via sexo em tudo, menos no charuto que não tirava da boca - hum, entendi! - poderia interpretar esta minha jacafobia como recalques, figura da mãe, retrato do pai, superego fraco, id forte, ou o contrário, sei lá, e que com anos de terapia eu poderia superar a coisa e mergulhar de cabeça na fruta leitosa, o tal do seio bom. Ah, Fróide, vai te catar! Anos no divã só para gostar de jaca? Passo sem e não desobedeço mamãe.


Psicanalistas têm essa história de seio bom, seio mau. Vê se pode! Deborah Secco com seio mau? Os dois são ótimos!


Além, dos macacos, quem também gosta muito de jacas são uns amigos cariocas. Então trago para eles. Sabe-se lá por que, mas todo carioca gosta de jaca. Mas imagino que pra quem está acostumado com balas perdidas, arrastões, garotinhos e rosinhas, engolir jacas deve ser moleza, mesmo que da dura.


Vou parar com este assunto, está me dando engulhos. Tenho uma baciada de docinhos de coco me esperando e não quero atrapalhar meu apetite.


Tô firme, mãe. Jaca jamais!





Em tempo: Parabéns a todos os brasileiros pelos 25 anos das Diretas Já. O movimento do povo para reivindicar por eleições presidenciais diretas no Brasil ocorrido em 1984. Esse movimento ajudou a termos a democracia que temos hoje. Tá certo que capenga em vários aspectos, mas é bem melhor que um governo ditatorial. Que nosso Brasil nunca mais passe por uma história parecida.


Música da Vez:

A música dessa vez é como um pedido para os brasileiros apreciarem e cuidarem melhor do que existe dentro das imediações tupiniquins. Essa história que só é bom o que é de fora, sinceramente, nunca gostei. Tem muita coisa boa no Brasil, esteja certo disso. Na voz da graciosa (maravilhosa! poderosa! vitaminada!) cantora goiana, Maria Eugênia, estes versos fazem muito sentido: "Andam falando que nóis é caipira/Que nóis tem que aprender inglês/Que nóis tem que fazer sucesso fora/Deixe de bestage, Nóis nem sabe o português". Tá certo que a música fala mais de goianos do que de outros estados, mas acho que, da mesma forma que Goiás, todos os estados têm suas peculiaridades que devem ser apreciadas. A música é Nóis é jeca mas é jóia







Verdade seja dita (ou escrita):
Voltando ao assunto da posse de Obama. Eu fiquei maravilhado em ver (acompanhei pela internet) que mais de dois milhões de estadunidenses lotaram aquela praça (não sei se é isso) em Washington. Acreditava o povo, talvez, sentisse vergonha de políticos depois das canalhices do Bush nos últimos oito anos. Mas não! Eles depositaram todas as esperanças e o desejo de mudança no homem, e boa parte esteve lá vendo Obama fazer o juramento. Esse é o exemplo que levo e peço aos meus conterrâneos para seguir. Se um governante não está sendo bom agora, votemos no outro para tentar fazer diferente. Alguém tem que fazer certo, não é possível! O Brasil precisa mudar para crescer. Mas não é mudar por mudar. É mudar a maneira como tratamos uns aos outros. É mudar o que estamos ensinando, e aprendendo, nas escolas. É mudar a forma que trabalhamos no dia-a-dia. Aí chega alguém e pergunta: mas que adianta se lá em Brasília (como se fosse só lá) so tem corrupção e outras mazelas? E porque lá tem muitos políticos corruptos, nós precisamos ser más como pessoas? Nem todo político é corrupto. Pode ter certeza que em algum lugar tem alguém fazendo a coisa certa. O mais correto não seria esperar pelo governo para fazer uma boa ação na minha cidade, ou no meu bairro. A cidadania é minha porque eu sou o cidadão. É o que penso.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Jaca mole em “boca dura”...

Está certo, eu sei. É uma piadinha infame esse título. Mas é só pra chamar a atenção para uma fruta até bem comum no cerrado (Nos outros estados eu não sei, mas em Goiás dá tanto quanto “chuchu na serra”), apesar de ter sido uma árvore tropical trazida dos terrenos indianos para o Brasil no século dezoito. Não sei se acredito tanto assim. Acho que aqui deveriam existir jaqueiras até mesmo antes dos índios. Como saber? Só sei que quem não comeu, realmente, não sabe o que está perdendo.
Jaca pode ter o tamanho (mas não exatamente o peso) de uma melancia. Quando se abre uma jaca, aqueles gomos pulam pra fora como se estivessem dizendo “Estamos prontos, nos engulam”, e a gente se farta daquela iguaria. É isso mesmo, considero como uma boa iguaria da natureza. Assim como acontece com a melancia, só ficam as sementes.
Diz na Wikipédia: “O fruto é um sincarpo (só consultando pra ver o que é) de forma ovalada originada do desenvolvimento da inflorescência feminina (essa é boa). Estes nascem diretamente do tronco e dos galhos mais grossos e chegam a pesar até dez quilogramas e medir até quarenta centímetros de comprimento. A literatura cita pesos (acima de 30 quilogramas) e tamanhos muito maiores, contudo nunca encontramos no país frutos maiores que isso”. E eu concordo e acrescento: O tamanho e formato até chegam a assustar. Só que não se pode deixar levar pela aspereza do fruto. Por dentro é que está a maravilha. Até mesmo em outro site vi que “A maior qualidade medicinal desta fruta saborosa é a de combater a tosse de qualquer natureza. Seus caroços agem contra a prisão de ventre. E o leite da jaca é empregado nos casos de irritação dos olhos em geral”. Dessa eu não sabia.
Se jaca tem parentesco ou semelhança com outras frutas, eu não sei dizer. Meus conhecimentos botânicos são reduzidos a “que planta linda...”, e pra falar a verdade não ligo muito pra isso. Só ligo para o que o fruto representa, porque comer jaca em família é maravilhoso. Todos reunidos, depedaçando aquela fruta em cima da mesa, e com as mãos melecadas. Era assim no meu tempo de menino. - talvez seja assim em algumas famílias ainda. Era tão bom quanto as reuniões de famílias para pamonhadas. Eu comia caladinho, só aproveitando o que tinha nas mãos como se não houvessem mais jacas no mundo. É uma delícia. Não sou partidário de desobediência. Mas se minha mãe me dissesse para não comer jaca, teria sido em vão.

Ps: Essa postagem foi um "texto marrom": "Marromenos" uma resposta à crônica de Celso Costa Ferreira na seção Crônicas e Outras Histórias do jornal O Popular de hoje. Se ele me permitir, transcrevo o texto na próxima postagem.

Música da Vez:
Dez dias. É o tempo da saída de Bush no poder estadunidense. E como foi longo. Alguém esperava que ele fosse protagonista das piores coisas que aconteceram no mundo nos últimos anos? Nem eu. Vamos ver como ficam as coisas daqui pra frente com o primeiro negro adentrando a White House. Lula também pode ter sido um péssimo presidente para o Brasil, (eu acho isso) mas tenho certeza que ele não faria semelhante ao colega norte-americano. Para Bush, acho que cai bem a música da Legião Urbana, Canção do Senhor da Guerra. Veja clip feito por Hudson Videos ™ uma bela música com belas imagens




Verdade seja dita (ou escrita):
É incrível que a gente veja notícias de cães perigosos atacando crianças (independente do que elas estejam fazendo no momento), e ainda haja animais (leiam-se criadores) que defendam esses animais. Quantas vezes você ficou sabendo de um pit-bull ou rottweiller (é assim que se escreve?) atacando crianças na rua? Outra pergunta: Quantas vezes você ficou sabendo, por exemplo, de um vira-latas atacando crianças na rua? Pelo contrário: já vi várias notícias de vira-latas SALVANDO crianças de perigos. Já ficou sabendo de algum pit-bull fazendo algo parecido? É por essas e outras (muitas outras) que prefiro um bom e velho vira-latas. Outras raças dóceis, claro, são muito bemvindas. Todas as raças (eu digo todas mesmo – até mesmo os vira-latas) sabem defender a casa de seus donos. E a grande maioria delas (eu disse GRANDE MAIORIA) sabe, ou aprende bem, respeitar crianças. Para mim, criar raças como pit-bull ou é por falta do que fazer, ou é por não poder incitar a violência com as próprias mãos, fazem-se criar animais violentos.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Entre guerras e loucos a gente vai vivendo.

A falta de televisão me deixa dependente da internet. Só vejo as notícias quando leio de algum site. Por um lado é bom porque quando eu quero saber mais sobre o assunto que estou lendo é só consultar meu santo predileto. (São Google) Mas por outro lado, se eu não acessar, não fico sabendo de nada.
É o meu caso quando estou em casa. Ainda sem internet, ou fico a mercê de lan-house ou vejo nas minhas horas livres na firma. Meu computador fica mais para trabalho e entretenimento. Até que eu resolva contratar um serviço, vou ter que viver assim.
Como tudo na vida tem seu lado bom, certa madrugada acordei repentinamente. Assim como acontece com muitas pessoas no mundo, fui acometido por uma insônia não convidada. Logo, vi que não conseguiria mais dormir e procurei meu bom e velho pc para fazer alguma coisa. Li trechos de textos que escrevo (ainda vou escolher alguns pra postar aqui), e revirei alguns vídeos que gosto de ver. Futucando mais um pouco, encontrei um texto que tinha no meu pc faz muito tempo e que sempre me fez rir esganadamente. Não lembro de qual site peguei, ou se recebi num email. Também não sei qual a autoria do texto. Mas é muito engraçado – ri horrores nessa madrugada. Nesse post, eu coloco para que vocês também apreciem, mas já vou avisando que ele contém umas palavras pesadas. Quem não gostar de palavras de baixo calão, favor não passar dessa linha. (ou então pula lá pra baixo) Pra aliviar um pouco, eu omiti o título. (Na verdade não sei se é o título mesmo ou se foi só algo que coloquei pra identificar o texto)

Passou da linha? Eu avisei, hein.



"Tenta sim. Vai ficar lindo." Foi assim que decidi, por livre e espontânea pressão de amigas, me render à depilação na virilha. Falaram que eu ia me sentir dez quilos mais leve. Mas acho que pentelho não pesa tanto assim. Disseram que meu namorado ia amar, que eu nunca mais ia querer outra coisa. Eu imaginava que ia doer, porque elas ao menos me avisaram que isso aconteceria. Mas não esperava que por trás disso, e bota por trás nisso, havia toda uma indústria pornô-ginecológica-estética.
- Oi, queria marcar depilação com a Penélope.
- Vai depilar o quê?
- Virilha.
- Normal ou cavada?
Parei aí. Eu lá sabia o que seria uma virilha cavada. Mas já que era pra fazer, quis fazer direito.
- Cavada mesmo.
- Amanhã, às... Deixa eu ver... 13h?
- Ok. Marcado.
Chegou o dia em que perderia dez quilos. Almocei coisas leves, porque sabia lá o que me esperava, coloquei roupas bonitas, assim, pra ficar chique. Escolhi uma calcinha apresentável. E lá fui. Assim que cheguei, Penélope estava esperando. Moça alta, mulata, bonitona. Oba, vou ficar que nem ela, legal. Pediu que eu a seguisse até o local onde o ritual seria realizado. Saímos da sala de espera e logo entrei num longo corredor. De um lado a parede e do outro, várias cortinas brancas. Por trás delas ouvia gemidos, gritos, conversas. Uma mistura de Calígula com O Albergue. Já senti um frio na barriga ali mesmo, sem desabotoar nem um botão. Eis que chegamos ao nosso cantinho: uma maca, cercada de cortinas.
- Querida, pode deitar.
Tirei a calça e, timidamente, fiquei lá estirada de calcinha na maca. Mas a Penélope mal olhou pra mim. Virou de costas e ficou de frente pra uma mesinha. Ali estavam os aparelhos de tortura. Vi coisas estranhas. Uma panela, uma máquina de cortar cabelo, uma pinça. Meu Deus, era O Albergue mesmo. De repente ela vem com um barbante na mão. Fingi que era natural e sabia o que ela faria com aquilo, mas fiquei surpresa quando ela passou a cordinha pelas laterais da calcinha e a amarrou bem forte.
- Quer bem cavada?
- É... é, isso.
Penélope então deixou a calcinha tampando apenas uma fina faixa da Abigail, nome carinhoso de meu órgão, esqueci de apresentar antes.
- Os pêlos estão altos demais. Vou cortar um pouco senão vai doer mais ainda.
- Ah, sim, claro.
Claro nada, não entendia porra nenhuma do que ela fazia. Mas confiei. De repente, ela volta da mesinha de tortura com uma espátula melada de um líquido viscoso e quente (via pela fumaça).
- Pode abrir as pernas.
- Assim?
- Não, querida. Que nem borboleta, sabe? Dobra os joelhos e depois joga cada perna pra um lado.
- Arreganhada, né?
Ela riu. Que situação. E então, Pê passou a primeira camada de cera quente em minha virilha Virgem. Gostoso, quentinho, agradável. Até a hora de puxar. Foi rápido e fatal. Achei que toda a pele de meu corpo tivesse saído, que apenas minha ossada havia sobrado na maca. Não tive coragem de olhar. Achei que havia sangue jorrando até o teto. Até procurei minha bolsa com os olhos, já cogitando a possibilidade de ligar para o Samu. Tudo isso buscando me concentrar em minha expressão, para fingir que era tudo supernatural. Penélope perguntou se estava tudo bem quando me notou roxa. Eu havia esquecido de respirar. Tinha medo de que doesse mais.
- Tudo ótimo. E você?
Ela riu de novo como quem pensa "que garota estranha". Mas deve ter aprendido a ser simpática para manter clientes. O processo medieval continuou. A cada puxada eu tinha vontade de espancar Penélope. Lembrava de minhas amigas recomendando a depilação e imaginava que era tudo uma grande sacanagem, só pra me fazer sofrer. Todas recomendam a todos porque se cansam de sofrer sozinhas.
- Quer que tire dos lábios?
- Não, eu quero só virilha, bigode não.
- Não, querida, os lábios dela aqui ó.
Não, não, pára tudo. Depilar os tais grandes lábios? Putz, que idéia. Mas topei. Quem está na maca tem que se fuder mesmo.
- Ah, arranca aí. Faz isso valer a pena, por favor.
Não bastasse minha condição, a depiladora do lado invade o cafofinho de Penélope e dá uma conferida na Abigail.
- Olha, tá ficando linda essa depilação.
- Menina, mas tá cheio de encravado aqui. Olha de perto.
Se tivesse sobrado algum pentelhinho, ele teria balançado com a respiração das duas. Estavam bem perto dali. Cerrei os olhos e pedi que fosse um pesadelo. "Me leva daqui, Deus, me teletransporta". Só voltei à terra quando entre uns blábláblás ouvi a palavra pinça.
- Vou dar uma pinçada aqui porque ficaram um pelinhos, tá?
- Pode pinçar, tá tudo dormente mesmo, tô sentindo nada.
Estava enganada. Senti cada picadinha daquela pinça filha da mãe arrancar cabelinhos resistentes da pele já dolorida. Eu quis matá-la. Mas mal sabia que o motivo para isso ainda estava por vir.
- Vamos ficar de lado agora?
- Hein?
- Deitar de lado pra fazer a parte cavada.
Pior não podia ficar. Obedeci à Penélope. Deitei de ladinho e fiquei esperando novas ordens.
- Segura sua bunda aqui?
- Hein?
- Essa banda aqui de cima, puxa ela pra afastar da outra banda.
Tive vontade de chorar. Eu não podia ver o que Pê via. Mas ela estava de cara para ele, o olho que nada vê. Quantos haviam visto, à luz do dia, aquela cena? Nem minha ginecologista. Quis chorar, gritar, peidar na cara dela, como se pudesse envenená-la. Fiquei pensando nela acordando à noite com um pesadelo. O marido perguntaria:
- Tudo bem, Pê?
- Sim... sonhei de novo com o cu de uma cliente.
Mas de repente fui novamente trazida para a realidade. Senti o aconchego falso da cera quente besuntando meu Twin Peaks. Não sabia se ficava com mais medo da puxada ou com vergonha da situação. Sei que ela deve ver mil cus por dia. Aliás, isso até alivia minha situação. Por que ela lembraria justamente do meu entre tantos? E aí me veio o pensamento: peraí, mas tem cabelo lá?
Fui impedida de desfiar o questionamento. Pê puxou a cera. Achei que a bunda tivesse ido toda embora. Num puxão só, Pê arrancou qualquer coisa que tivesse ali. Com certeza não havia nem uma preguinha pra contar a história mais. Mordia o travesseiro e grunhia ao mesmo tempo. Sons guturais, xingamentos, preces, tudo junto.
- Vira agora do outro lado.
Porra.. por que não arrancou tudo de uma vez? Virei e segurei novamente a bandinha. E então, piora. A broaca da salinha do lado novamente abre a cortina.
- Penélope, empresta um chumaço de algodão?
Apenas uma lágrima solitária escorreu de meus olhos. Era dor demais, vergonha demais. Aquilo não fazia sentido. Estava me depilando pra quem?
Ninguém ia ver o tobinha tão de perto daquele jeito. Só mesmo Penélope. E agora a vizinha inconveniente.
- Terminamos. Pode virar que vou passar maquininha.
- Máquina de quê?!
- Pra deixar ela com o pêlo baixinho, que nem campo de futebol.
- Dói?
- Dói nada.
- Tá, passa essa merda...
- Baixa a calcinha, por favor.
Foram dois segundos de choque extremo. Baixe a calcinha, como alguém fala isso sem antes pegar no peitinho? Mas o choque foi substituído por uma total redenção. Ela viu tudo, da perereca ao cu. O que seria baixar a calcinha? E essa parte não doeu mesmo, foi até bem agradável.
- Prontinha. Posso passar um talco?
- Pode, vai lá, deixa a bicha grisalha.
- Tá linda! Pode namorar muito agora.
Namorar...namorar... eu estava com sede de vingança. Admito que o resultado é bonito, lisinho, sedoso. Mas doía e incomodava demais. Queria matar minhas amigas. Queria virar feminista, morrer peluda, protestar contra isso. Queria fazer passeatas, criar uma lei antidepilação cavada.
Queria comprar o domínio www.preserveasbucetaspeludas.com.br.




É ótimo. Isso também me lembra uma das várias piadas do Ary Toledo que gostava de ler, quando ele diz pra “deixar o bom-bril”. Me faz rir por muito tempo. Adoro uma boa piada. Só gostaria de saber contar uma. Depois de re-ler esse texto, nem liguei mais para o fato de não poder dormir naquela madrugada. Me deu gás para esperar o horário para trabalhar. Por acaso se a autora ou o autor (vai que quem escreveu foi um homem, não é?) ler esse texto, por favor não me processe porque não é meu intuito lucrar com esse texto. Só compartilhar com meus leitores.

Música da Vez:
Parece que a humanidade não aprende com o passado. Quantos e quantos inocentes morreram em guerras passadas (e continuam morrendo em conflitos) e há quem ainda queira justificar um ataque militar? A música da vez é Viðrar Vel Til Loftárása (Tempo bom para ataques aéreos) dos islandeses do Sigur Rós. Link no Youtube Pra aguçar a curiosidade, deixo a cargo de vocês a encumbência de procurar a tradução no meu santo predileto. (São Google) Só adianto que os últimos versos são os melhores da letra. Boa sorte.






Verdade seja dita (ou escrita):
Das coisas que a gente vê no mundo, muitas delas nos deixam de cabelo em pé. Uma delas foi saber que Ingressos para posse de Obama se esgotam em 1 minuto. Isso mesmo. Estadunidenses deram 25 dólares cada para ver o presidente tomando posse. Que a posse de um presidente é um acontecimento extraordinário em uma nação, concordo. Mas isso é exagero. E se a moda pega e cada país resolve fazer das posse de presidente um show de televisão, com direito a efeitos especiais e tudo? Só sei que as coisas estão de um jeito muito estranho. Isso é que eu chamo de “pagar pra ver”.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Que Vergonha...

Que espécie de fã sou eu? Estou com o último disco do Pato Fu – Daqui pro futuro - há quase um ano em casa e não havia parado pra escutar. Realmente, é uma vergonha porque o disco foi lançado em 2007. Dá pra acreditar? Ouvi algumas músicas aqui e ali, mas não prestava atenção. Ontem, de súbito, uns versos seguraram minhas orelhas e disseram: “Agora você vai nos ouvir...”. E não é que eu ouvi?!

Então aqui estou eu, rapidamente, dando uma de crítico musical: Realmente o Pato Fu passa longe daquela época de “Rotomusic” e outras maravilhas, mas continua ótimo. Este disco é muito criativo e inteligente. Bem melodioso e sutil. Quem já conhece as alfinetadas de John na sociedade, religião e política, as reconhecem muito bem nesse disco. Gostei de muitas músicas, entre elas “Woo!”, que despretensiosamente parece uma boa mensagem de alivio mental. Eis a letra:

“Woo!
(John Ulhoa)

Faça algo mágico e faça agora
Ahaaa
Faça isso rápido e sem demora
Ahaaa
Sinta a sua lógica indo embora
Ahaaa
Faça algo cínico e dê o fora
Ahaaa

Quando algo sai do seu controle
O mundo volta a respirar
A confusão pode ser doce
A perfeição pode matar... ah...

Sinta seu espírito ir à forra
Ahaaa
Tranque esse cubículo por fora
Ahaaa
Veja como é ótimo, não tenha medo
Ahaaa
Conte o seu angélico segredo
Ahaaa

Quando algo sai do seu controle
O mundo volta a respirar
A confusão pode ser doce
A perfeição pode matar... ah...

Woo!

Woo!”.


Que atire a primeira pedra aquele que nunca teve vontade de fazer uma loucura na vida. Pra mim, é simplesmente libertador. Adoro quando diz “Sinta a sua lógica indo embora”, porque na hora que você faz a “besteira” não tem o que pensar mesmo. É como você sentar num carrinho de rolimã, fechar os olhos e se lançar ladeira abaixo, apenas aproveitando a brisa. (Quem faz isso hoje em dia?) Adoro músicas com boas influências. E essa, realmente, é uma delas. Claro, também tem outras com versos muito bons e graciosos, e outras um tanto confusas e enigmáticas. A última do disco (1000 guilhotinas) me lembrou várias outras com a mesma temática – guerras. Duas, em particular, da Legião Urbana: “Canção do Senhor da Guerra” e “Soldados”.

E para quem acha que não se pode fazer um bom trabalho estando fora de uma dessas grandes gravadoras, o Pato Fu novamente prova o contrário com este disco. Nas palavras do Paralelo (não sei se é fã e crítico, ou fã ou crítico): “Quando a arte não é livre, simplesmente não é arte”. Essa frase diz tudo.

É isso.

Música da Vez:
De agora em diante, junto com as postagens, vou colocar uma sugestão de música para ouvirem. (de preferência com um link no youtube, claro, né?) Mas que idéia boa. Porque eu não pensei nisso antes? Ah, tá bom. Essa é a segunda postagem mesmo...
A música da vez é... Tchan, tchan, tcharannn... Woo, da banda Pato Fu. Link no Youtube (supresos? – hehehe)




Verdade seja dita (ou escrita):
Li uma notícia do DIÁRIO DO PARÁ ( Cinema brasileiro está em queda livre, mostram números ) dando uma triste informação relacionada aos filmes Brasileiros. Que o Cinema Brasileiro vai mal das pernas, ah isso com certeza. Eu sou uma das pessoas que reclama da baixa qualidade dos filmes tupiniquins. Dos mais recentes (de dez anos pra cá) vi muito pouco e ainda assim não achei bom. Não me admira que quem vai ao cinema foge dos filmes nacionais. Tomara, realmente, que nesse ano possam melhorar esse quadro.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Eis o primeiro!!

Pois é. Acho que sou a única pessoa que demora mais de dois meses para colocar o primeiro post num blog. Acreditava que era por preguiça, mas hoje eu vi que era falta de assunto.

Graças à uma notícia no site da INFO ( Uso de blogs beneficia alunos, diz pesquisa ), hoje tenho assunto para começar meu blog. Talvez porque o tema da notícia seja "produção de blogs", eu resolvi dar meu pitaco no assunto.

Mesmo lendo somente a matéria da INFO, concordo inteiramente com a pesquisa. Qualquer meio de escrita ou leitura ajuda no desenvolvimento intelectual do aluno (da pessoa em si). Isso não é exclusividade da internet. O certo seria promover o interesse em muitos veículos de informação como jornais e revistas.

Quando criança, nos meus primeiros anos de estudo, eu vivia lendo tudo que encontrava pela rua e na televisão. Não lembro se foi minha irmã mais velha ou meu pai que ralhou comigo por eu estar lendo em voz alta o que aparecia na televisão. Mas lembro que minha mãe me defendeu dizendo apenas "Deixa ele ler". Lembro também de um fato ocorrido bem depois disso. Meu pai recebeu uns amigos em casa, pegou um jornal e me chamou. Queria que eu lesse qualquer coisa para aqueles estranhos. (estranhos pra mim que nunca os havia visto) Eu li, como uma boa criança faria, mas não gostei de ser usado como macaco de circo. Fato bom é que não me deixei influenciar por isso e continuei a procurar aprender. Hoje não sou catedrático em português, mas procuro estar atento à nossa maravilhosa e rica gramática.

Sempre ouvi que o português é mais difícil que o inglês ou espanhol. Pode até ser. Mas não chega a ser um bicho-de-sete-cabeças e quando você resolve aprender, pode ficar encantado com um mundo de possibilidades verbais e escritas que você dispõe. Agora com essas novas regras, vamos ter um motivo a mais para ficar atentos.

É isso.




Verdade seja dita (ou escrita):
Mais um ano terminou e outro chegou. Fala sério, acho que 2008 foi um pé no s$#% para muitas pessoas. Espero que 2009 seja melhor - muito melhor. Pelo menos, eu vou trabalhar para isto. (hehehe)
Mas ainda temos que passar pelo carnaval. (Isso é realmente necessário?) Simplesmente não acredito que 2008 nem havia terminado e já estava lendo notícias sobre o carnaval 2009. É de perder a cabeça. Aqueles que gostam de carnaval, me desculpem, mas eu não consigo engolir aquela festa...