quarta-feira, 25 de novembro de 2009

I´ll be back!!

Eu Voltarei!



É isso ai, pe-pessoal. Depois de alguns meses sem postar nada, voltarei a escrever para este blog que gosto tanto. Não foi [muito] preguiça. Foi mais por falta de tempo mesmo. Passei por um período de transição que me desgastou um pouco. Mas já estou mais organizado pessoalmente e logo voltarei a escrever minhas histórias e postar para vocês.

Abraços :)

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Violência

Saudações, meus amigos e amigas. Minhas férias chegaram ao fim. Já estou trabalhando novamente, renovado e pronto para encarar os desafios. Só espero poder fazer algo de útil neste segundo semestre, ou melhor, daqui por diante.
No último sábado eu assisti a um filme que me fez pensar no quanto as pessoas gostam de violência. Não digo de criminosos, mas sim das pessoas comuns, cidadões como eu e você. O filme se chama “Um Crime Americano”, com Ellen Page e Catherine Keener, que conta a história de um dos crimes que mais chocou a opinião pública norte-americana no último século. Eu não tenho palavras para contar a história do filme, porque ele é muito forte. Mas ele me fez lembrar de alguns acontecimentos violentos recentes e fez com que, mais uma vez, eu olhasse para mim mesmo me perguntando se eu teria coragem para fazer algo parecido, e também refletindo como pode trabalhar a mente das pessoas.
Pra falar a verdade, quantas vezes já ficamos sabendo de algum crime cometido por pessoas que julgaríamos honestas, que possuem um passado limpo ou que pensamos livres de suspeitas? Por exemplo, quantas vidas já foram ceifadas simplesmente porque havia um “ciúme” por motivação?
Para ser franco, já fiz muita maldade com animais, até mesmo alguns que eu gostava, mais ou menos parecido com que um garoto faz com um cachorro no filme. Mas desde que abandonei minha última cadela - palavra é essa mesmo – abandonei – porque fui morar sozinho e não a levei comigo. Ela sofreu até que não agüentou mais e fugiu, tudo porque gostava de mim -, percebi o quanto eu havia maltratado alguns animais que viveram comigo. Também já me senti satisfeito quando algum conhecido, ou desafeto, sofria nas mãos de alguém. Mas a verdade é que eu não deveria ter sido assim – as pessoas não deveriam ser assim. Hoje eu vejo que é muito vergonhoso, pra mim pelo menos. Pode dizer que pra mim agora é tarde, que não tem como mudar o passado. Tem razão, concordo. Mas desde que nos permitamos que esses pequenos “deslizes” ainda nos aconteçam, podemos dar margem para que as pessoas, algum dia, despertem o seu lado violento, ou o mais violento.
Eu sei que hoje não conseguiria fazer coisas ruins que já pratiquei – não que eu queira dizer que sou um verdadeiro santo; procuro viver sempre no bem, na paz. Sempre digo que, se eu tivesse a mente que tenho hoje aos quatorze ou quinze anos, minha vida seria diferente pelo tanto que aprendi. Esse é um dos pontos porque digo isso.
Digo que as pessoas gostam de violência, porque ela aparece em todos os lugares. Nos filmes, em livros, nas escolas, nas lutas de boxe, nas rinhas de galos-de-briga, nas brigas de bares e em muitos, diversos outros lugares que nem consigo lembrar. E como explicar isso? No cinema, por exemplo, desde aqueles filmes “western” (de bangue-bangue) até os filmes violentos de hoje em dia, mostram-se, resumidamente falando, aquela chamada “lei do mais forte”, onde o “mocinho” precisa, independentemente dos motivos, resolver tudo através da violência. Lembro também de ver filmes, e livros, sobre a história de Roma mostrando que os gladiadores lutavam até a morte simplesmente para divertir uma platéia. A nossa história, nos três continentes americanos, está manchada de violência contra os indígenas, que resultou na morte de milhões ao longo das colonizações. Houve uma época que eu achava interessante aquela chamada “luta livre” porque era tudo fingimento - quem disser que não, só recomendo pesquisar mais um pouco. Mas depois de algum tempo também comecei a questionar o quanto isso também trás de violência para as pessoas comuns. Quando acontece alguma briga na escola, quantos alunos, daqueles que se juntam para assistir ou incentivar a baderna, se oferecem para separar os briguentos ou chamar por uma autoridade?
Não querendo questionar as origens ou motivações para atos violentos (podem ser muitos, dos mais variados graus), mas acho que aquela frase, “violência só gera violência”, pode ter um sentido bem mais amplo do que se pode imaginar. Recomendo assistirem a este filme e refletirem.
Mudando um pouco de assunto: Em se tratando de filme, o assunto dessa semana, com certeza, será “Harry Potter e o Enígma do Príncipe”, goste ou não goste. Com o novo filme estreando no próximo dia 15 vai ter muito “pottermaníaco” fazendo filas quilométricas nos cinemas. É justo, porque ele foi adiado por muito tempo (Quanto? Oito meses?) com a desculpa da greve dos roteiristas há alguns anos atrás – eu não acredito muito, pra mim deve haver outro$ motivo$ mais... significantes. E tenho que confessar que, por também ser fã da obra de J.K.Rowling, fiquei também afoito por ver esse filme. Já li muita crítica positiva e negativa sobre o ele e vi tantos trailers e “spots” que me cansei. Mas vou esperar passar esse frenesi da estréia e assistir no final de semana. Acho que é melhor. Mesmo assim eu tinha que segurar a minha ansiedade de alguma forma, e me ajudou muito alguns livros. Entre eles a série “Twilight” que li em uma semana e dou um resumo das minhas conclusões.
Na minha opinião, Stephenie Meyer escreveu um romance que pareceria comum se não fossem a união de três fatores: O pano de fundo fantasioso que ela usou, as idéias que ela atribuiu à personagem principal e a própria escrita dela. Claro que ela não é a primeira a contar histórias onde humanos se relacionam com seres mitológicos, mas a mistura que ela fez com o que teve nas mãos foi o diferencial. Não vou dizer muito porque se tivesse que fazer uma resenha pareceria injusto fazê-la da série toda, e fazer de cada livro separado me tomaria todo este post. Aliás, não sou muito bom com resenhas mesmo... Mas eu posso dizer que os primeiros dois livros foram fantásticos para mim. Eu realmente acompanhei o que a personagem pensava, o que fazia, o que sentia. Mas o terceiro quase me fez desistir pelo tanto de absurdos e pontos negativos encontrados que a autora criou. E se não bastasse, mais absurdos aparecem no quarto livro, onde eu já gritava em autos brados: “Prende essa mulher por escrever isso... Não peraí, prende o editor dela por deixar sair um livro desses...”. Mas, como sou brasileiro e não desisto nunca, continuei com a leitura e no final entendi a lógica da autora. De tanto raciocinar sobre a história acho que entendi os pontos onde a autora queria chegar, no que ela quis dizer sobre a vida, a família e a sociedade. Também tiro o chapéu para o fato de ela ter ambientado a maioria dos personagens em um público jovem, porque acredito que ela deva justamente alertar aos jovens quanto ao que eles pensam para o futuro deles, o que eles querem para a vida adulta. Isso eu achei importante, principalmente quanto à forma com que ela escreveu. Em suma: fazendo escolhas - é assim que vivemos o tempo todo - e trabalhando com as consequências delas, com outras escolhas e assim por diante... Agora só falta ver o filme “Crepúsculo”. Sei que não deve ser a mesma coisa, mas acho que vai ser interessante.
É isso.


Música da Vez:

Às vezes me pergunto porque as pessoas gostam tanto de brigar sendo que há tanta coisa boa a se fazer mundo afora. Basta olhar em volta para ver as maravilhas que Deus deixou pra gente na nossa vida. Louis Armstrong ilustrou muito bem uma idéia dessas na música “What a Wonderful World”. Quem não conhece, devia conferir.







Verdade seja dita (ou escrita):
Essa é pra quem não confia na polícia: sempre que precisar, tente.
Ironia da vida, ou não. Enquanto escrevia este post neste último domingo, à uma e oito da madrugada, na parte da violência, percebi alguns passos sorrateiros do lado de fora da minha casa. Sabia que não eram meus vizinhos, porque alguns têm motos e outros andam normalmente, não devagar, como se estivesse espreitando. No momento que percebi esses passos já me coloquei alerta, até que eu vi que alguém mexeu na maçaneta da minha porta, e depois disso houve mais alguns passos. Não deu outra; celular numa mão pronto pra ligar pro 190 e um cabo de vassoura na outra (não sou bom com defesa pessoal, mas eu tinha que fazer alguma coisa, não é?), fiquei observando qualquer movimentação suspeita. E quando ouvi um barulho estranho no meu telhado, teclei o botão chamar e falei com uma policial que disse que uma viatura logo estaria chegando. Demorou pouco mais de dez minutos pra chegar a viatura e expliquei todo o episódio aos policiais. Falar a verdade, hein. Que momento crítico...
A questão é que, das quatro vezes que precisei de ajuda da polícia, só me foi falho em uma vez. Então eu dou crédito pelos meus 75% de sucesso, porque acredito que ainda tem muito policial confiável por aí.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Retornando...

Olá, meus bons amiguinhos. Pra quem sentiu saudade me mim, obrigado. *presunçoso* Pra quem nem se lembrou de mim, obrigado assim mesmo. Quando criei esse blog, era minha intenção escrever alguma coisa pra postar toda semana. Mas a preguiça fala mais alto. Bom, justiça seja feita. Tive final de semana que estava muito cansado ou tinha outras coisas também. Essa postagem mesmo era pra ser colocada ontem (Domingo, 28/06/2009), mas por causa de um mal-estar não o fiz. Então, de agora em diante, pra não me sobrecarregar na hora de escrever uma postagem (como se fosse um trabalho árduo...), vou fazer mais ou menos como meu amiguinho Salem, que anota tudo que pretende postar no blog dele. Vou escrever em trechos durante a semana.
Aí alguém chega e pergunta: porque não postar todos os dias então? Nessa hora eu respondo: Não consigo. Ou eu esqueço, ou não me lembro, ou me encarrego com outras coisas, ou não vou conseguir ter tanto assunto (já não sou uma pessoa de muitos assuntos mesmo...), ou seja, tem vários motivos pra não postar diariamente. Semanalmente é melhor porque já me informei bastante durante a semana e posso mostrar a minha opinião sobre os acontecimentos mais relevantes. Também é no fim de semana que posso aproveitar melhor meu tempo, embora não o tenha feito nas últimas semanas. O fato é que estou tentando reorganizar meu modo de vida, mas está difícil. Às vezes, viver sozinho é um saco... (me desculpem o palavreado) Além disso é bom ter algum assunto para postar, ora essas.
E como teve assunto nessa última semana... Viram quem morreu? Farrah Fawcett. O quê? Não sabe quem é Farrah Fawcett? Vai me dizer que viu tanta reportagem sobre a morte de Michael Jackson que se esqueceu que existem outras pessoas que podem morrer? A falta dele vai ser sentida, com certeza. Mas a falta de Farrah Fawcett também. Afinal de contas ela foi uma das “Panteras”, as originais. Ela também é um ícone da América. E antes de morrer, fez um vídeo falando abertamente da doença dela. Eu não vi esse vídeo, evidentemente, mas só o fato de uma personalidade da categoria dela falar sobre o câncer para outras pessoas já é um passo importante para despertar a consciência delas, é um feito e tanto. Só espero que ela seja homenageada tanto quanto Michael Jackson será.
Mas vamos mudar de assunto. Neste meu retorno, quero dar a minha contribuição na divulgação de uma obra que achei interessantemente fantástica. Falo do livro “DiPresto e a Ilha Fantasma” de Gustavo Barcamor que está na segunda edição. (Atualizado: Já está na quarta edição - Como o tempo passa...) Primeiramente, o livro começou com distribuição gratuita (através deste link), e agora ganhou páginas impressas para compra. (através deste link) E como eu prometi ao autor que escreveria uma pequena resenha para ele, estou aqui, feliz da vida, cumprindo minha palavra.








Nos Mares da Natura

Romilson Silva

(romilson.silva@gmail.com)

A maioria de nós, meros mortais, já se acostumou tanto a ver livros de fantasia importados que se soubéssemos de um brasileiro escrevendo tal assunto ou pensaria que era mentira, ou se lembraria logo de Monteiro Lobato. Pois bem, Gustavo Barcamor é mais uma prova de que quem pensa assim deve rever os conceitos. Ele escreveu um livro fantástico que remonta na nossa mente uma imaginação diferente, em muitos aspectos. “DiPresto e a Ilha Fantasma” é um livro para ser devorado com muito gosto, para aproveitar bem todas as entrelinhas e viajar com os personagens naqueles navios que parecem ser bem peculiares.


Trata-se da história de um jovem bardo, Valfrido DiPresto, que sofre bastante no início. Primeiro o pai desaparece, depois a ilha onde ele mora é atacada por piratas. Como tudo na vida tem seu lado bom, como eu gosto de dizer, o jovem é resgatado pelos tripulantes do navio do curioso Capitão Lurrone, e com isso, faz amizade com toda tripulação e principalmente com a jovem Jade, filha do capitão. Ela, com todos os seus segredos e artimanhas, o ajuda na saga pra tentar descobrir o paradeiro do pai e em saber o segredo do alaúde que o garoto carrega. Os dois, ajudados por mais dois amigos, Sorfidis e Elen, e um papagaio dos mais incomuns, vivem aventuras emocionantes e perigosas. O papagaio é realmente engraçado. Tente imaginar uma pessoa que quer ser rebelde e ao mesmo tempo engraçada. Agora imagine isso em um bicho emplumado que fala o tempo todo. É o Pudim, o papagaio da história.


O mais interessante é o modo com que Barcamor relata a história. Acompanhando DiPresto durante as viagens, o leitor fica, realmente, cada vez mais curioso em saber o grande segredo do alaúde – porque ele é tão importante e deixa o protagonista a mercê de muitos perigos? À primeira vista não se tem idéia de personagens, ou coisas, que dariam pistas de resolver essa questão, até que eles cheguem à temida “ilha fantasma”. Na medida em que a história se encaixa, percebe-se a ligação do personagem com algo maior do que ele imagina, ou do que sonharia. Nessa ilha, eles vão enfrentar os maiores temores deles, e descobrir o quanto as pessoas podem ser diabólicas.


Mais um pouco e eu acabo entregando a história. Pois bem, deixo vocês com o melzinho na boca e procurem o livro. Ele pode ser baixado gratuitamente por estes links: 4º Edição, ou pode ser comprado através da página do Clube dos Autores. Escolham a opção, mas não deixem de prestigiar esse trabalho de muito bom gosto. Não duvido que logo alguém acabe escrevendo fanfics com os personagens de Barcamor. Mas eu gostaria mesmo é de ver essa história virando filme. Pensa: “DiPresto e a Ilha Fantasma – O Filme”. Seria muito bom.




É isso aí. É um livro que gostei muito de ler e torço, realmente, para que o autor seja reconhecido pela obra. Principalmente porque o segundo livro está quase saindo do forno, segundo Barcamor, e já estou afoito para ler. Com “DiPresto e a Ilha Fantasma”, eu estava na metade do livro e já tinha virado fã do quarteto principal. Adoro livros que me fazem imaginar bastante. Sinto-me como se estivesse vendo a história acontecer na minha frente, não como alguém vendo um filme, mas como se estivesse ao lado dos personagens, sentindo tudo que eles sentem, apreciando tudo que acontece ao redor deles. Fica aí a dica para quem curte literatura, e de fantasia.
É isso.


Música da Vez:

Não havia pensado em nada para homenagear essa minha “volta”. Apenas escolhi, entre as músicas que adoro, uma do meu querido Kid Abelha. “A Palavra Forte” diz muito daquela pessoa que sabe dizer o que sente, ou pensa, usando as palavras certas.







Verdade seja dita (ou escrita):
Eu já estou de férias, minhas mais-do-que-merecidas férias. Descansar um pouco é bom pra cabeça e pro corpo. Mas estou chateado comigo mesmo porque vou passar duas semanas inteiras sem fazer N-A-D-A. Queria viajar, mas no final das contas, o dinheiro não deu. (Esse é o mal de ser assalariado...) Tentei economizar, mas não consegui. Até meu computador me deixou na mão, me fazendo gastar com ele. Bom, verdade que fui eu quem causou o estrago, mas isso não vem ao caso. Então o que vou fazer é, como disse uma “filósofa”, relaxar e gozar.
Acho que não nasci pra sair de Goiânia. Ou na realidade, no meu íntimo, eu não queira. Como saber? Ó dúvida cruel... Mais uma das grandes questões da Humanidade.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Projeto de desenhista amador

Avisozinho: Este post era pra vir ontem, mas tive um acidente com meu pé, por isso não deu pra ir numa lan e postar. Nada grave, antes que alguém se preocupe. Já está passando. Mas, pra falar a verdade: DOEU HORRORES!!!...
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Meus queridos leitores, que maravilha estar com vocês outra vez. Este post trás novidades. O desenho que vocês estão vendo logo acima é o meu primeiro rabisco (oficial, porque os outros saíram bem piores do que este) usando minha mais nova aquisição: uma mesa digitalizadora. Ela serve para fazer um monte de coisa, mas principalmente desenhos. Sabem, quando eu era criança, gostava de desenhar um monte de coisas. E quando eu estava entendiado, sem nada pra fazer, saía desenhando rostos parecidos com este – bom, acredito que eles saiam bem mais elaborados do que este. Era uma coisa que gostava de fazer, mas na medida que fui crescendo não desenvolvi esse meu gosto. Hoje posso admitir que sou péssimo pra desenhar. Mas eu sou brasileiro e não desisto nunca. Quando criei um blog para abrigar a fanfic que escrevi “A Grande Profecia de Nárnia”, esperava justamente essa mesa digitalizadora para me ajudar com os desenhos. Afinal de contas, promessa é dívida. Prometi postar os capítulos tendo o adicional das ilustrações. A princípio convidei uns amiguinhos pra fazer os desenhos, mas depois pensei que, assim como foi desafiante escrever a fanfic, também é um bom desafio tentar desenhar. O primeiro – feito com a mesa – você pode conferir no quarto capitulo, “As Reuniões”. Não ficou nenhum trabalho de um “Mauricio de Sousa” da vida não, mas gostei do resultado. Talvez pudesse ficar melhor, mas ainda não me acostumei a usar essa mesa - estou aprendendo ainda.
Mas isso me lembra o dia dos meus testes para carteira de motorista. (não sei se ainda chamam de psicotécnico...) Sempre ouvi falar que os examinados tinham que desenhar árvores e pessoas e, se não desenhassem o chão, ou algo que fosse parecido com um chão, corriam sério risco de não ser considerado apto. Então quando chegou o meu dia tive uma idéia meio simples, mas acho que ninguém tinha feito – pelo menos foi o que me pareceu. Vocês vão ficar sabendo agora... Não lembro se tive que desenhar uma árvore, mas de desenhar uma pessoa eu lembro. Fiz um desenho mais ou menos do jeito que fazia quando era criança – pouco parecido com o de cima, só que com o corpo. Mas ainda não havia desenhado o tal chão. Para resolver o problema, e não cair em nenhuma “pegadinha”, desenhei três riscos que se encontravam em um ponto, indicando o canto de uma sala. Se você olhar para o canto da sua sala vai entender como eu devo ter feito o desenho. Quando eu pensei que ninguém havia feito algo parecido foi porque a psicóloga ficou muito admirada com o que viu. Olhou pra mim como seu eu tivesse dado a ela um colar de ouro. Me saí muito bem em meus exames psicotécnicos e depois daquele dia quase não desenhei mais. Se você já fez algo parecido, ou conhece alguém que tenha feito, parabéns.
Lembrando da minha comunidade preferida, As Crônicas de Nárnia (da capa verde), tem gente fazendo vídeos musicais, ora essa. No meu último post citei uma música cantada por nossa amiguinha Nina. Acreditem o não, a música já tem video-clipe. Entre na comunidade e veja você mesmo. (hehehe)
É isso.

Música da Vez:

Neste final de semana não tive nenhuma idéia, ou motivo, para uma música. A não ser o fato de esta aqui não sair da minha cabeça. (mesmo sem saber porque...) A música é Tempo Perdido da Legião Urbana.






Verdade seja dita (ou escrita):
Vou usar este espaço para reclamar. Acima, escrevi sobre a minha mais nova aquisição: uma mesa digitalizadora. Pois bem. Comprei-a de um site (que não vou falar o nome, a não ser que alguém pergunte...) e tive que esperar quase um mês para ter o produto que esperava. Só sei que eu nunca mais compro daquele site porque eu acho incrível que uma empresa consiga viver desrespeitando os clientes. É um cúmulo. Então como sugestão, compras online somente com muita pesquisa. Eu pesquisei sobre a loja mas não havia visto o suficiente. Comprei e ainda deu nisso. Percebi que não foi uma boa escolha a minha, porque quando eu já desconfiava que estaria sendo lesado, pesquisei mais e fiquei sabendo horrores deles. Eu desconfio seriamente que só recebi o que comprei porque ameacei procurar o Procon.

domingo, 8 de março de 2009

Quem é vivo sempre (re/des)aparece.

Olá, meus queridos leitores. Como estão as coisas? Espero que tudo bem. É isso aí. Eu preciso dar sinal de vida de vez em quando. Queria falar que era por preguiça o motivo de eu não postar mais, mas na verdade é o trabalho. Finalmente, a segunda etapa da intranet que estou fazendo para a empresa que trabalho está chegando ao final e acredito que nesta semana, no mais tardar na próxima, eu termino e inicio o site da empresa. Já estava começando a achar que não daria conta de fazer determinadas coisas, mas até agora está dando tudo certo, conforme o planejado. Outro motivo é que estou navegando por mares novos para a minha pessoa. No momento estou conhecendo um arquipélago com ilhas feitas de cubos. Se tudo der certo, estarei montando um bangalô em uma dessas ilhas. Não entendeu? Não se preocupe. É só um modo de eu orientar meus objetos.
O mês de fevereiro foi a minha temporada de ver filmes que todo mundo viu menos eu. Um exemplo disso é “Minority Report”. Puxa vida, como pude viver sem ver aquele filme? Não é só um filme de ficção científica que mistura futurismo e ação. São os textos que me chamaram a atenção. Bastante inteligentes e sagazes. Bom, mas acredito que a maioria dos que viram devem ter gostado e sabem disso, então vou falar de outros filmes que vi – esses mais recentes.
Um deles foi o Batman – The Dark Knight. Sem querer acompanhar a banda, o que mais me chamou a atenção foi o Coringa de Heath Ledger. Não foi só pela atuação do falecido ator, mas os textos que escreveram para o personagem. Ver Coringa falando da humanidade foi muito devanecedor e o plano que ele tinha (que poderia dizer que não era um plano) foi realmente diabólico. Mas esse plano terminou passando uma mensagem de confiança nas pessoas. De que apesar de haver perigos e ameaças, ainda podemos contar com o amor ao próximo. Gostei muito desse filme por isso. Agora, outro filme:
Não sou de gostar muito de musicais. (Vide Sweeney Todd – O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet – Acho que fui um dos poucos que não gostaram) Mas eu me encantei com o Mamma Mia. Nunca havia visto atores como Meryl Streep, Pierce Brosnan, Colin Firth, Stellan Skarsgard e Julie Walters cantando musicas como Dancing Queen, The Winner Takes It All ou Waterloo, (Falando a verdade, não me lembro de ver outro filme com Julie Walters que não fosse Harry Potter...) mas foi muito bom ver e saber que eles cantam, e muito bem, diga-se de passagem.
A história é mais ou menos assim: Uma situação banal, um casamento, que acaba se diferenciando porque a noiva quer saber quem é seu pai, mas pra saber a verdade, acaba convidando os três possíveis pais para o evento. Acaba que vira uma história envolvente e emocionante, regada com as musicas do ABBA. Isso mesmo, eu não sabia disso também. Musicas de uma banda que fez bastante sucesso há cerca de trinta anos atrás são as estrelas deste filme bem elaborado e bem encenado. Aprofundando um pouco, o filme na verdade tem origem no musical de mesmo nome que, há muito tempo, faz muito sucesso nos palcos internacionais – outra coisa que eu não sabia. Pra saber mais, vejam o filme. Eu recomendo. Hão de concordar comigo que Meryl Streep está ótima, um arrazo, um escândalo, neste filme. Ela sozinha foi um show de interpretação. Melhor de tudo foi saber que todas as músicas são cantadas pelos próprios atores mesmo, sem dublês de voz. (Vide abaixo um vídeo do filme da Meryl cantando The Winner Takes It All. Simplesmente MARAVILHOSA!!)
Mudando, radicalmente, de assunto. Notei que alguns membros de uma comunidade do Orkut (As Crônicas de Nárnia – da capa verde, como dizem) andam inventando algumas coisas interessantes. Uma delas foi a seguinte: Uma coleguinha, a Nina, fez uma versão de uma música famosa para o ídolo dela, Skandar Keynes – um de meus ídolos também, apesar de muito jovem. (Não vou colocar link aqui. Se quiser, entre na comunidade e se informe – hehehe) Muito corajosa ela. Não sei se eu teria tanta coragem assim para me expor por um ídolo. Pelo que ouvi, ela sabe tocar muito bem e a voz não é das piores. (Brincadeira... Parabéns, Nina. Ficou muito boa).
Para finalizar, a parte ruim de ter me entregado muito ao trabalho nas últimas semanas foi não ter escrito mais nada ultimamente. Credo, tenho tanta coisa na cabeça, mas preciso realmente tirar um tempo para colocar no computador. Esse post, por exemplo, escrevi hoje de manhã, antes de tomar meu breakfast.. Mas vou mudar essa situação em breve. Aguardem e confiem.
É isso.


Música da Vez:

Voltando ao assunto do filme Mamma Mia! Ainda fico tentando acreditar que era uma de minhas atrizes favoritas do cinema cantando musicas do ABBA naquele filme. Meryl Streep estava radiante naquele papel. Certamente ela era muito fã do musical. Mostrou uma simpatia com a personagem que se nota logo na primeira cena com ela. A música da vez é ela cantando The Winner Takes It All numa cena com Pierce Brosnan. Tem outras cenas dela, até mais emocionantes, mas nesta ela deixou à mostra a mistura que fez com a emoção da música e o que a personagem estaria sentindo no momento. Fantástico. Isso era um trabalho que só uma verdadeira diva do cinema poderia realizar e ela o fez muito bem. Eu a amo. (Logo eu que achava que o melhor trabalho dela foi em O Diabo Veste Prada)






Verdade seja dita (ou escrita):

Notícia da Info: (Clique aqui para ler) A Microsoft confirmou que permitirá, pela primeira vez, que usuários removam o navegador Internet Explorer de sua máquina no Windows 7. Será mesmo? Peguei o beta do Windows 7 antes do bloqueio, mas não deu pra ver muita coisa. Falta de tempo. Mas se for verdade (e funcionar realmente) será bom para que o usuário deixe o sistema do jeito que ele precisa e queira realmente. Pra falar a verdade, acho que é apenas uma forma que a Micro$oft inventou para não perder venda. Isso porque eu não acredito que ela se importa por decisões judiciais ou algo parecido.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Cruzando o bosque entre os dois mundos

Bom dia/Boa tarde/Boa noite, meus leitores. Qual não foi minha surpresa quando, pela última vez que acessei meu blog, encontrei uma amiguinha que mostrou a cara nele. Seja bemvinda, Joana. Prometo fazer de tudo para não decepcioná-la. Mas aí pode chegar alguém e perguntar: “Mas e nós?”. Bom, meus amiguinhos desconhecidos, isso vale para vocês também. Só estou falando dessa mocinha aí porque ela anda inventando umas coisas em uma certa comunidade do Orkut por aí que estou adorando. Pra você ver: Ano passado ela inventou de escrever uma história (uma fanfic) de Nárnia tendo como personagens alguns membros da comunidade As Crônicas de Nárnia (onde ela e eu participamos, com muito gosto) e no fim do ano ela inventou de fazer um vídeo mostrando o rostinho lindo e falando um pouco dela. Pois bem, a fanfic virou mania e muitos pegaram carona na idéia dela para escrever as continuações e sobre o vídeo, eu e mais alguns também fizeram. Para completar, nesse ano, ela inventou de homenagear um coleguinha que aniversariou recentemente presenteando-o com uma história. Como não podia deixar de ser, também virou mania e muitos colocaram os dedos nos teclados para contar as versões deles. É simplesmente fantástico. Cada um escreve tão bem quanto ao outro. Por isso eu a reverencio. *tapete vermelho para ela, gente...*
Pegando carona no assunto, queria aguardar um outro momento para falar de Nárnia e dessa comunidade no Orkut, mas, este é o ideal. Ideal porque hoje mesmo estou homenageando essa comunidade criando outro blog para postar algumas histórias que escrevo. (o blog é aqui, ó) Não era a minha intenção quando estava escrevendo. Mas no fim das contas, percebi que a história, graças ao legado fantástico de C.S.Lewis, me ajudou a crescer intelectualmente. A história já está completa no Nyah Fanfiction e nesse blog vou postar aos poucos porque estou providenciando ilustrações para os capítulos.
Mas para deixar um gostinho da comunidade, vou colocar neste post a minha parte da historinha iniciada pela Joana. Para saber o contexto da história, clique aqui. Era pra ser um olhar totalmente de fora dos acontecimentos, mas o Abner me colocou nos botes junto com o pessoal... (hehehe) Mas, gostei tanto de ter escrito que não vou jogar fora. Espero que gostem também. Como o princípio para as histórias é homenagem, estou homenageando, além dos membros da comunidade, a minha melhor amiga, Fabiana.






O Peso de Uma Notícia

Romilson Silva

(romilson.silva@gmail.com)

        Quem será que pode imaginar o impacto que uma notícia ruim pode causar em uma pessoa? Quando algo de ruim acontece com alguém que se conhece, com alguém próximo, como você se sente? Como avaliar o comportamento que se demonstra diante de um fato desses? Simplesmente não há como saber. Assim como não existe uma pessoa que pensa exatamente igual à outra, como não existem duas pessoas com os mesmos olhos, com as mesmas impressões digitais, podemos concluir que não há duas pessoas que se comportam exatamente iguais em um momento assim. Foi o que pude concluir quando aconteceu comigo.
Para mim era um dia normal. Estava na frente do computador, montando minhas páginas da intranet da empresa, quando um notificador acusou três notícias novas. Até hoje não sei o que me levou a clicar no balãozinho que apareceu na tela – quase nunca faço isso. Mas sei que fui impelido a ver porque uma das notícias dizia: “Cruzeiro naufraga na costa brasileira com mil e duzentas pessoas”. Lembrei de uma coisa quando abri a notícia e eu apenas gelei. Minha pressão caiu no momento que comecei a ler as primeiras linhas do texto e tudo escureceu depois que li: “...entre os passageiros, um grupo de amigos de uma comunidade do Orkut”.


        Tenho certeza que muitas e muitas pessoas leram aquela notícia. Saiu nos jornais - em toda a mídia. E o que mais chamou a atenção da opinião pública foi justamente esse grupo de amigos, que pela internet decidiram se reunir e agendar um cruzeiro para confraternizar. Porque eu estou contando isso? Justamente porque eu também deveria estar junto desses amigos. Não fui porque em uma outra oportunidade marcamos de nos reunir no sul do país. Daquela vez eu fui, e vivemos uma experiência única. Uma grande aventura nos aguardava sem que nós soubéssemos. Era a primeira vez que muitos se viam pessoalmente – meu caso também. Naquele momento antecipei minhas férias para me juntar aos meus amigos virtuais, o que não pude fazer desta vez.


        Só sei que acordei no dia seguinte no hospital. Havia um tubinho preso no meu braço e eu estava ligado a uma máquina que marcava meus batimentos cardíacos. Logo que acordei, alguém que estava na sala veio mais pra perto de mim. Era minha melhor amiga, Fabiana, que havia faltado ao serviço pra me acompanhar. Contou que me encontraram desmaiado na minha sala – estava sozinho no momento - e imediatamente chamaram uma ambulância. Como não conseguiram entrar em contato com meus parentes, chamaram vários números no meu celular. Entre eles, o dela. Dizia ela, que ainda havia mais três amigos meus aguardando na sala de espera, mas somente ela teve permissão para ficar no quarto, por conta da insistência. Enquanto ela dizia isso, lágrimas começaram a cair dos meus olhos. Nesse momento não pensei mais nada além de agradecer a Deus por ter uma amiga como ela. Estava muito feliz por ter outros amigos por perto, mas eu e ela temos uma ligação especial. Em toda a minha vida, sei que ela é a única pessoa que posso confiar cegamente e desde que nos conhecemos, ela sempre esteve do meu lado, até mesmo em momentos que outras pessoas me dariam as costas. Por essas e outras que sempre serei um fiel amigo dela.


        Não conversamos muito naquele quarto; passamos a maior parte do tempo calados, nos entendendo com olhares. Eu, muito agradecido pela ajuda dela, e ela, preocupada com minha saúde. Algum tempo depois, chega uma enfermeira. Não demorei a perguntar o que aconteceu comigo. Disse ela que entrei em estado de choque e quase tive uma parada cardíaca. Disse ainda que meus colegas não demoraram a chamar uma ambulância – o que ajudou muito. Graças à medicação ministrada no momento certo, ainda posso viver mais um pouco. Mas ambas viram que eu ainda estava perturbado. Não sabiam o que era. Perguntaram mas eu não quis dizer. Ainda tenho esse defeito: guardar muita coisa comigo.


        Ainda fiquei mais um dia para observação. Chamaram minha mãe, minha avó, meu pai e outros parentes. Aos poucos eles me visitaram. Como sempre acontecia quando nos encontrávamos, eles reclamaram por eu não os visitar e nem dar notícias. E eu, tentando enganar, dizia que era por causa do trabalho, que me tomava muito tempo. Coisas de família.


        Quando saí do hospital, ainda era acompanhado pela Fabiana. A mãe dela nos esperava no carro e elas me levaram para casa. No caminho não consegui segurar o que estava no meu peito e contei o motivo do meu desmaio. Disse o quanto eu gosto daquelas pessoas da comunidade, o que significam para mim. Era meu dever, como amigo deles, que eu estivesse lá para ajudar. Mas logo Dona Silvia, sábia como sempre, perguntou: “- Mas se você morresse?”. Respondi que não havia pensado nisso. Coisa que sempre evito é pensar na morte, justamente por que não quero morrer. Em minhas orações, as poucas que fiz, dizia a Deus que gostaria de viver até cem anos, ou se possível até ver minha cidade natal completar os cem anos dela. Pensar que, entre outras coisas, não poder mais ver uma manhã de sol, ver as estrelas numa bela noite, ouvir os pássaros em um balé de revoada ou brincar com um cachorro vira-latas me deixa deprimido. Eu disse ainda que não pensei se era pra estar feliz ou não. Contei que, na outra vez, eu conheci realmente aquelas pessoas e passei a gostar ainda mais delas. Que agora elas estão em algum lugar, ou perdidas, ou algo pior, porque até então ninguém sabia do paradeiro delas. Mas aí minha amiga, que estava ao meu lado, disse: “- Mas eu preciso de você aqui”, e quando ela disse isso, eu comecei a chorar de novo. Não sei dizer o que senti, só sei que era tudo que não esperava ouvir. Enquanto chorava, ela dizia como eu era importante na vida dela, o que eu significava para ela. Eu, meio que engasgando, tentava dizer o mesmo dela. Sempre agradeci, e sempre vou agradecer a Deus por ter colocado aquela pessoa no meu caminho.


        Nos dias seguintes, vivia procurando por sobreviventes nas notícias dos jornais. Esses dias se seguiram por semanas e semanas. Até que em uma tarde, li na internet que encontraram restos do navio daquele cruzeiro. Não encontraram corpos porque se passaram muito tempo – o que me deixou mais aflito ainda. Entregaram documentos e pertences a parentes de pessoas que estavam a bordo; mas notícias dos meus amigos narnianos, nada. Na comunidade, aqueles que não tinham ido, estavam em uma situação semelhante à minha.


        Já havia retornado à minha rotina quando cheguei para trabalhar numa manhã de chuva. Liguei o computador, como sempre faço, e a primeira coisa que vi, depois que o sistema entrou, foi aquele mesmo notificador, agora dando uma outra notícia: “Encontrados sobreviventes de cruzeiro”. Em meus pensamentos pedi que fossem os membros da comunidade do Orkut. Para minha felicidade eram eles. Dizia a notícia que foram encontrados sãos e salvos numa ilha distante do local do naufrágio. Estavam poucos feridos e muitos reclamavam saudades da família. Chorei quando li essa notícia. Estava escrito que eles desembarcariam no dia seguinte no Rio de Janeiro, depois de uma longa viagem de resgate. Não pensei duas vezes. Pesquisei onde seria o lugar do desembarque, pedi uma licença ao meu patrão, e pela internet comprei uma passagem de avião para o Rio. Dessa vez eu iria vê-los; seria mais um a estar lá para recepcioná-los. Isso eu não perderia por nada.





Pois é. Foi um exercício maravilhoso escrever esse conto. Esse é outro ponto interessante na minha vida: Preciso gostar mais do que escrevo. Antigamente não gostava – jogava muita coisa escrita por mim fora, mas aí uma professora apareceu na minha vida e me fez gostar daquilo que sai da minha mente. Nunca vou esquecer o que a professora Érica fez por mim. Graças à ela, renovei meus olhos para a Literatura.

É isso.


Música da Vez:

Vou aproveitar e chutar o pau-da barraca. (no bom sentido) Joana, essa música é pra você: 2 malucos do Pato Fu. Diz muito de como gosto dos meus amigos. Seja bemvinda!!!






Verdade seja dita (ou escrita):

Deus do céu!! Como se tem notícias ruins nos jornais. Mas meu bom humor hoje não vai deixar eu reclamar de nada. Até a próxima...

sábado, 31 de janeiro de 2009

Vida Moderna

Olá, meus queridos leitores (abissais, como diria meu amigo Salem). Vou colocar nesta postagem um pequeno conto da vida moderna:
--o--
Era uma vez Fulano, Beltrana e Cicrano. Os três trabalham numa mesma empresa. Fulano é casado com uma bela mulher, muito trabalhadora, e muito ciumenta. Beltrana tem como marido um rapaz até boa gente. Acontece que Fulano e Beltrana, há algum tempo, começaram a ter um caso (extra-conjugal, palavra certa) e a esposa de Fulano descobriu. Podem imaginar o que ela fez? Pra quem não imagina, vou contar: Numa bela tarde de sol, a esposa de Fulano apareceu na firma e aprontou um ver-da-dei-ro bar-ra-co!! – que, parece, durou até bem depois do expediente.
Não. Isso não é uma cena do próximo capítulo da novela das oito. É uma situação até bem corriqueira nas empresas que, pra falar a verdade, deveria ser banida. Mas o povo toma vergonha? Pufff... Isso é outra coisa. Na sabedoria popular: “Onde se ganha o pão, não se come a carne”.
Mas onde entra o Cicrano nessa história?
Bom, o Cicrano, que trabalha num departamento bem afastado desses dois, no dia seguinte recebeu a visita do patrão-todo-poderoso-mega-master-ultra-blaster, Senhor Xis, que lhe disse que logo precisará dele para cobrir um outro departamento. Acho que fica subentendido o motivo.
Duas perguntas cabem aqui: Primeiro, o que Cicrano tem a ver com a história para pagar pelos pecados dos outros? Segundo, tem alguém para cobrir Cicrano no seu departamento?
Esse é o problema. O pessoal que faz isso não sabe (ou, não se importa) que acaba atingindo outras pessoas (tanto familiares, como amigos, ou até colegas de serviço) quando fazem uma verdadeira besteira. Não fazem idéia do tamanho da injustiça que cometem ao preferir adultério.
Agora, quanto ao Cicrano, não tem ninguém para cobrí-lo no departamento que ele atua. Ele vai ter que dar conta dos dois – como se ele não tivesse muita coisa acumulada pra fazer.
--o--

É uma realidade. Enquanto o povo fica assistindo novelas, isso acontece na vida real. O negócio é aplicar um ensinamento de uma famosa política: “Relaxa e goza!!” (Se for possível...)


Música da Vez:

Já viram que um dos temas principais hoje é trabalho. (Sinto muito pra quem pensou que era fofoca) Embora concorde com Ary Toledo - que diz que uma das três maiores mentiras do mundo era que ‘trabalho dignifica o homem’ -, acho que trabalhar é a melhor coisa que o homem faz na vida, mesmo que não goste. Então, uma música que sintetiza bem essa idéia é da Adriana Calcanhoto: Formiga Bossa Nova. Bonitinha e bem simpática. Veja no Youtube






Verdade seja dita (ou escrita):

Estou pensando seriamente em lançar uma nova campanha: "Desligue o alarme antes de usar". Porque, fala sério, o próprio dono esquecer de desligar um alarme antes de entrar no carro, ou ligar a moto, é muito incômodo. O sujeito(a) coloca o alarme para se proteger de bandidos, mas na hora de usar, esquece que possui o alarme (e que está ligado) e deixa aquele barulho infernal de PÉMM, PÉMM,PÉMM... ou então vem aquele UIUUU, UIUUU, UIUUU... É chato demais. Acho que se eu fosse cardíaco, e me assustasse facilmente, não estaria aqui para escrever isso.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Há semanas e... semanas

Garotos e garotas do meu Brasil varonil. *não é o Zé Bonitinho, hein* Aqui quem escreve é mais um brasileiro também cansado de uma semana de trabalho. Poderia inventar mil desculpas por não ter postado no último final de semana. Mas não faço isso. Foi preguiça mesmo. Estava tão cansado que deixei a preguiça tomar conta de mim - de novo. Então, não vou juntar o que postaria nesse período para este post. (porque além de ser uma péssima idéia, seria muito estranho) Estou escrevendo como se eu tivesse postado normalmente.

Depois da posse de Obama, não acompanhei o que aconteceu no mundo, mas espero que haja uma mudança de pensamento para o bem. As esperanças que os estadunidenses - e, porque não, muitos pelo mundo afora - depositaram no negão devem ser acompanhadas de pensamento positivo e boas ações. (e isso não é uma tentativa de evangelização) Pelo menos, eu vou procurar fazer minha parte não sujando ruas, economizando água, imprimindo menos no trabalho, comendo melhor, bebendo água, suco ou chá ao invés de refrigerantes, torcendo para haver paz entre os povos, andando de bicicleta (quando comprar a minha), entre outras coisas.

Por falar nisso, andar de bicicleta. Logo, comprarei uma e voltarei a dar minhas pedaladas. Porque? Hora essa, nunca ouviu falar que bicicleta é o único meio de transporte que realmente te ajuda a ter uma vida saudável? E aproveitando que a prefeitura (de Goiânia) vai fazer ciclovias na cidade, vou botar em prática o que eu estava planejando há muito tempo. Ao menos, para o trabalho eu quero ir todos os dias com a minha "bike". (menos quando estiver chovendo, claro) Evidentemente que no trajeto da minha casa para o trabalho não vai haver ciclovia ou ciclofaixa tão cedo, mas que importa? Desde que um maluco num carro desgovernado não me atropele, estou tranquilo. Quem estiver disposto, sugiro que faça o mesmo na sua cidade - compre uma boa bicicleta e pedale pelas ruas.

Agora, rapidamente, vou dar uma de crítico de cinema: Finalmente assisti "Marley e Eu" (Veja no site Interfilmes) e posso garantir que o filme não estraga, nem engrandece, a obra de John Grogan. Parece mais um comercial de longa duração do livro. Adaptações e mudanças, claro, são esperadas e, em muitos casos, são bemvindas. Obviamente, não podemos esperar que o filme seja igualzinho ao que lemos no livro, mas é bom quando aparece alguma coisa que a gente diga: "Uau, foi assim?!" ou "Uau, eles fizeram isso!". Apesar da espera, filme passou longe de superar minhas espectativas como um bom amante de filmes. Chorei, claro. Foi muito bom ver gente - e um cão - representando a família Grogan, mas não chorei tanto quanto chorei lendo o livro. Não quer dizer que não gostei do filme. Gostei do que vi, mas prefiro, realmente, o livro. Então fica a dica: Para quem gosta de leituras e cães, pode ver o filme, mas prefira o livro chamado "Marley e Eu - A vida e o amor ao lado do pior cão do mundo". Veja no site Livraria da Travessa

Pra finalizar, o senhor Celso Costa, cronista, há algumas semanas escreveu contando sobre sua aversão por jacas, o que me fez correr para o computador e escrever o meu último post em defesa das pesadas verdinhas. Então, para compreender o motivo do meu último post, transcrevo o texto, conforme prometido, com autorização do autor.

É isso.







Jaca jamais

Celso Costa Ferreira

(costacelso@uol.com.br)

Jamais gostei de jaca. Da mole, da dura ou da pastosa, se existir. Já as tive nas mãos várias vezes, abertas, fatiadas, totalmente à minha mercê, e nada. Na hora agá, rejeito a fruta. Pulo fora, invento desculpas, digo que "depois", e continuo sem saber o sabor que tem, que, com certeza, é péssimo, pois foi o que minha mãe me disse quando eu era criança. - o que já fui, acreditem.


Aí está toda a origem de repulsa que tenho a jacas. Mamãe falou, água parou, como se dizia na época em que foi dito. "Filho, não comerás da jaca! É ruim", ela disse. Peguei jacafobia desde então. Não há jeito de vencer a resistência e botar um naquinho sequer na boca.


E olha que tenho uma chácara em que pés de jacas abundam, e milhares, tá bom, cententas de jacas ficam lá dependuradas, imensas, provocativas e até cheirosas, concedo. Mas botar na boca, never! De vez em quando, uma cai ao chão, se esborracha toda, revelando suas entranhas amareladas e bonitas, mas malignas com certeza - mamãe disse!


Os macacos, que antes rejeitavam as frutas, se esbaldam todas as manhãs nos galhos das jaqueiras. Em grande algazarra, empanturram-se tanto que me sinto expectador de um festim romano. Gosto de ver, faço fotos, penso que é bacana "aquilo" estar sendo útil pra bicharada, mas não participo da turma.


Que bom que minha mãe não me botou trauma para as outras frutas. Como-as todas. Jaca é que é o problema. Até a tal da Mulher Jaca eu olho com certo desdém!


Que risco corri, mãe. Se a senhora tivesse problemas também com melancia, jabuticaba, melão, moranguinho, minhas fantasias sexuais estariam comprometidas hoje em dia. Até filé eu não poderia comer.


Jaca é o meu fruto proibido.


Meus conhecimentos - ridículos - de botânica me informam que fruta-do-conde, ou pinha, ou ata, e araticum são da mesma família da rejeitada. Já provei das três, ou das duas - se duas forem uma só - para ir me acostumando com sabores parecidos e ter coragem de morder a proibida. Nem assim. Continuo rejeitando.


Freud - sabia que ia sobrar pra ele, me cobrará um amigo psicanalista - o inventor dos traumas psicológicos - e que via sexo em tudo, menos no charuto que não tirava da boca - hum, entendi! - poderia interpretar esta minha jacafobia como recalques, figura da mãe, retrato do pai, superego fraco, id forte, ou o contrário, sei lá, e que com anos de terapia eu poderia superar a coisa e mergulhar de cabeça na fruta leitosa, o tal do seio bom. Ah, Fróide, vai te catar! Anos no divã só para gostar de jaca? Passo sem e não desobedeço mamãe.


Psicanalistas têm essa história de seio bom, seio mau. Vê se pode! Deborah Secco com seio mau? Os dois são ótimos!


Além, dos macacos, quem também gosta muito de jacas são uns amigos cariocas. Então trago para eles. Sabe-se lá por que, mas todo carioca gosta de jaca. Mas imagino que pra quem está acostumado com balas perdidas, arrastões, garotinhos e rosinhas, engolir jacas deve ser moleza, mesmo que da dura.


Vou parar com este assunto, está me dando engulhos. Tenho uma baciada de docinhos de coco me esperando e não quero atrapalhar meu apetite.


Tô firme, mãe. Jaca jamais!





Em tempo: Parabéns a todos os brasileiros pelos 25 anos das Diretas Já. O movimento do povo para reivindicar por eleições presidenciais diretas no Brasil ocorrido em 1984. Esse movimento ajudou a termos a democracia que temos hoje. Tá certo que capenga em vários aspectos, mas é bem melhor que um governo ditatorial. Que nosso Brasil nunca mais passe por uma história parecida.


Música da Vez:

A música dessa vez é como um pedido para os brasileiros apreciarem e cuidarem melhor do que existe dentro das imediações tupiniquins. Essa história que só é bom o que é de fora, sinceramente, nunca gostei. Tem muita coisa boa no Brasil, esteja certo disso. Na voz da graciosa (maravilhosa! poderosa! vitaminada!) cantora goiana, Maria Eugênia, estes versos fazem muito sentido: "Andam falando que nóis é caipira/Que nóis tem que aprender inglês/Que nóis tem que fazer sucesso fora/Deixe de bestage, Nóis nem sabe o português". Tá certo que a música fala mais de goianos do que de outros estados, mas acho que, da mesma forma que Goiás, todos os estados têm suas peculiaridades que devem ser apreciadas. A música é Nóis é jeca mas é jóia







Verdade seja dita (ou escrita):
Voltando ao assunto da posse de Obama. Eu fiquei maravilhado em ver (acompanhei pela internet) que mais de dois milhões de estadunidenses lotaram aquela praça (não sei se é isso) em Washington. Acreditava o povo, talvez, sentisse vergonha de políticos depois das canalhices do Bush nos últimos oito anos. Mas não! Eles depositaram todas as esperanças e o desejo de mudança no homem, e boa parte esteve lá vendo Obama fazer o juramento. Esse é o exemplo que levo e peço aos meus conterrâneos para seguir. Se um governante não está sendo bom agora, votemos no outro para tentar fazer diferente. Alguém tem que fazer certo, não é possível! O Brasil precisa mudar para crescer. Mas não é mudar por mudar. É mudar a maneira como tratamos uns aos outros. É mudar o que estamos ensinando, e aprendendo, nas escolas. É mudar a forma que trabalhamos no dia-a-dia. Aí chega alguém e pergunta: mas que adianta se lá em Brasília (como se fosse só lá) so tem corrupção e outras mazelas? E porque lá tem muitos políticos corruptos, nós precisamos ser más como pessoas? Nem todo político é corrupto. Pode ter certeza que em algum lugar tem alguém fazendo a coisa certa. O mais correto não seria esperar pelo governo para fazer uma boa ação na minha cidade, ou no meu bairro. A cidadania é minha porque eu sou o cidadão. É o que penso.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Jaca mole em “boca dura”...

Está certo, eu sei. É uma piadinha infame esse título. Mas é só pra chamar a atenção para uma fruta até bem comum no cerrado (Nos outros estados eu não sei, mas em Goiás dá tanto quanto “chuchu na serra”), apesar de ter sido uma árvore tropical trazida dos terrenos indianos para o Brasil no século dezoito. Não sei se acredito tanto assim. Acho que aqui deveriam existir jaqueiras até mesmo antes dos índios. Como saber? Só sei que quem não comeu, realmente, não sabe o que está perdendo.
Jaca pode ter o tamanho (mas não exatamente o peso) de uma melancia. Quando se abre uma jaca, aqueles gomos pulam pra fora como se estivessem dizendo “Estamos prontos, nos engulam”, e a gente se farta daquela iguaria. É isso mesmo, considero como uma boa iguaria da natureza. Assim como acontece com a melancia, só ficam as sementes.
Diz na Wikipédia: “O fruto é um sincarpo (só consultando pra ver o que é) de forma ovalada originada do desenvolvimento da inflorescência feminina (essa é boa). Estes nascem diretamente do tronco e dos galhos mais grossos e chegam a pesar até dez quilogramas e medir até quarenta centímetros de comprimento. A literatura cita pesos (acima de 30 quilogramas) e tamanhos muito maiores, contudo nunca encontramos no país frutos maiores que isso”. E eu concordo e acrescento: O tamanho e formato até chegam a assustar. Só que não se pode deixar levar pela aspereza do fruto. Por dentro é que está a maravilha. Até mesmo em outro site vi que “A maior qualidade medicinal desta fruta saborosa é a de combater a tosse de qualquer natureza. Seus caroços agem contra a prisão de ventre. E o leite da jaca é empregado nos casos de irritação dos olhos em geral”. Dessa eu não sabia.
Se jaca tem parentesco ou semelhança com outras frutas, eu não sei dizer. Meus conhecimentos botânicos são reduzidos a “que planta linda...”, e pra falar a verdade não ligo muito pra isso. Só ligo para o que o fruto representa, porque comer jaca em família é maravilhoso. Todos reunidos, depedaçando aquela fruta em cima da mesa, e com as mãos melecadas. Era assim no meu tempo de menino. - talvez seja assim em algumas famílias ainda. Era tão bom quanto as reuniões de famílias para pamonhadas. Eu comia caladinho, só aproveitando o que tinha nas mãos como se não houvessem mais jacas no mundo. É uma delícia. Não sou partidário de desobediência. Mas se minha mãe me dissesse para não comer jaca, teria sido em vão.

Ps: Essa postagem foi um "texto marrom": "Marromenos" uma resposta à crônica de Celso Costa Ferreira na seção Crônicas e Outras Histórias do jornal O Popular de hoje. Se ele me permitir, transcrevo o texto na próxima postagem.

Música da Vez:
Dez dias. É o tempo da saída de Bush no poder estadunidense. E como foi longo. Alguém esperava que ele fosse protagonista das piores coisas que aconteceram no mundo nos últimos anos? Nem eu. Vamos ver como ficam as coisas daqui pra frente com o primeiro negro adentrando a White House. Lula também pode ter sido um péssimo presidente para o Brasil, (eu acho isso) mas tenho certeza que ele não faria semelhante ao colega norte-americano. Para Bush, acho que cai bem a música da Legião Urbana, Canção do Senhor da Guerra. Veja clip feito por Hudson Videos ™ uma bela música com belas imagens




Verdade seja dita (ou escrita):
É incrível que a gente veja notícias de cães perigosos atacando crianças (independente do que elas estejam fazendo no momento), e ainda haja animais (leiam-se criadores) que defendam esses animais. Quantas vezes você ficou sabendo de um pit-bull ou rottweiller (é assim que se escreve?) atacando crianças na rua? Outra pergunta: Quantas vezes você ficou sabendo, por exemplo, de um vira-latas atacando crianças na rua? Pelo contrário: já vi várias notícias de vira-latas SALVANDO crianças de perigos. Já ficou sabendo de algum pit-bull fazendo algo parecido? É por essas e outras (muitas outras) que prefiro um bom e velho vira-latas. Outras raças dóceis, claro, são muito bemvindas. Todas as raças (eu digo todas mesmo – até mesmo os vira-latas) sabem defender a casa de seus donos. E a grande maioria delas (eu disse GRANDE MAIORIA) sabe, ou aprende bem, respeitar crianças. Para mim, criar raças como pit-bull ou é por falta do que fazer, ou é por não poder incitar a violência com as próprias mãos, fazem-se criar animais violentos.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Entre guerras e loucos a gente vai vivendo.

A falta de televisão me deixa dependente da internet. Só vejo as notícias quando leio de algum site. Por um lado é bom porque quando eu quero saber mais sobre o assunto que estou lendo é só consultar meu santo predileto. (São Google) Mas por outro lado, se eu não acessar, não fico sabendo de nada.
É o meu caso quando estou em casa. Ainda sem internet, ou fico a mercê de lan-house ou vejo nas minhas horas livres na firma. Meu computador fica mais para trabalho e entretenimento. Até que eu resolva contratar um serviço, vou ter que viver assim.
Como tudo na vida tem seu lado bom, certa madrugada acordei repentinamente. Assim como acontece com muitas pessoas no mundo, fui acometido por uma insônia não convidada. Logo, vi que não conseguiria mais dormir e procurei meu bom e velho pc para fazer alguma coisa. Li trechos de textos que escrevo (ainda vou escolher alguns pra postar aqui), e revirei alguns vídeos que gosto de ver. Futucando mais um pouco, encontrei um texto que tinha no meu pc faz muito tempo e que sempre me fez rir esganadamente. Não lembro de qual site peguei, ou se recebi num email. Também não sei qual a autoria do texto. Mas é muito engraçado – ri horrores nessa madrugada. Nesse post, eu coloco para que vocês também apreciem, mas já vou avisando que ele contém umas palavras pesadas. Quem não gostar de palavras de baixo calão, favor não passar dessa linha. (ou então pula lá pra baixo) Pra aliviar um pouco, eu omiti o título. (Na verdade não sei se é o título mesmo ou se foi só algo que coloquei pra identificar o texto)

Passou da linha? Eu avisei, hein.



"Tenta sim. Vai ficar lindo." Foi assim que decidi, por livre e espontânea pressão de amigas, me render à depilação na virilha. Falaram que eu ia me sentir dez quilos mais leve. Mas acho que pentelho não pesa tanto assim. Disseram que meu namorado ia amar, que eu nunca mais ia querer outra coisa. Eu imaginava que ia doer, porque elas ao menos me avisaram que isso aconteceria. Mas não esperava que por trás disso, e bota por trás nisso, havia toda uma indústria pornô-ginecológica-estética.
- Oi, queria marcar depilação com a Penélope.
- Vai depilar o quê?
- Virilha.
- Normal ou cavada?
Parei aí. Eu lá sabia o que seria uma virilha cavada. Mas já que era pra fazer, quis fazer direito.
- Cavada mesmo.
- Amanhã, às... Deixa eu ver... 13h?
- Ok. Marcado.
Chegou o dia em que perderia dez quilos. Almocei coisas leves, porque sabia lá o que me esperava, coloquei roupas bonitas, assim, pra ficar chique. Escolhi uma calcinha apresentável. E lá fui. Assim que cheguei, Penélope estava esperando. Moça alta, mulata, bonitona. Oba, vou ficar que nem ela, legal. Pediu que eu a seguisse até o local onde o ritual seria realizado. Saímos da sala de espera e logo entrei num longo corredor. De um lado a parede e do outro, várias cortinas brancas. Por trás delas ouvia gemidos, gritos, conversas. Uma mistura de Calígula com O Albergue. Já senti um frio na barriga ali mesmo, sem desabotoar nem um botão. Eis que chegamos ao nosso cantinho: uma maca, cercada de cortinas.
- Querida, pode deitar.
Tirei a calça e, timidamente, fiquei lá estirada de calcinha na maca. Mas a Penélope mal olhou pra mim. Virou de costas e ficou de frente pra uma mesinha. Ali estavam os aparelhos de tortura. Vi coisas estranhas. Uma panela, uma máquina de cortar cabelo, uma pinça. Meu Deus, era O Albergue mesmo. De repente ela vem com um barbante na mão. Fingi que era natural e sabia o que ela faria com aquilo, mas fiquei surpresa quando ela passou a cordinha pelas laterais da calcinha e a amarrou bem forte.
- Quer bem cavada?
- É... é, isso.
Penélope então deixou a calcinha tampando apenas uma fina faixa da Abigail, nome carinhoso de meu órgão, esqueci de apresentar antes.
- Os pêlos estão altos demais. Vou cortar um pouco senão vai doer mais ainda.
- Ah, sim, claro.
Claro nada, não entendia porra nenhuma do que ela fazia. Mas confiei. De repente, ela volta da mesinha de tortura com uma espátula melada de um líquido viscoso e quente (via pela fumaça).
- Pode abrir as pernas.
- Assim?
- Não, querida. Que nem borboleta, sabe? Dobra os joelhos e depois joga cada perna pra um lado.
- Arreganhada, né?
Ela riu. Que situação. E então, Pê passou a primeira camada de cera quente em minha virilha Virgem. Gostoso, quentinho, agradável. Até a hora de puxar. Foi rápido e fatal. Achei que toda a pele de meu corpo tivesse saído, que apenas minha ossada havia sobrado na maca. Não tive coragem de olhar. Achei que havia sangue jorrando até o teto. Até procurei minha bolsa com os olhos, já cogitando a possibilidade de ligar para o Samu. Tudo isso buscando me concentrar em minha expressão, para fingir que era tudo supernatural. Penélope perguntou se estava tudo bem quando me notou roxa. Eu havia esquecido de respirar. Tinha medo de que doesse mais.
- Tudo ótimo. E você?
Ela riu de novo como quem pensa "que garota estranha". Mas deve ter aprendido a ser simpática para manter clientes. O processo medieval continuou. A cada puxada eu tinha vontade de espancar Penélope. Lembrava de minhas amigas recomendando a depilação e imaginava que era tudo uma grande sacanagem, só pra me fazer sofrer. Todas recomendam a todos porque se cansam de sofrer sozinhas.
- Quer que tire dos lábios?
- Não, eu quero só virilha, bigode não.
- Não, querida, os lábios dela aqui ó.
Não, não, pára tudo. Depilar os tais grandes lábios? Putz, que idéia. Mas topei. Quem está na maca tem que se fuder mesmo.
- Ah, arranca aí. Faz isso valer a pena, por favor.
Não bastasse minha condição, a depiladora do lado invade o cafofinho de Penélope e dá uma conferida na Abigail.
- Olha, tá ficando linda essa depilação.
- Menina, mas tá cheio de encravado aqui. Olha de perto.
Se tivesse sobrado algum pentelhinho, ele teria balançado com a respiração das duas. Estavam bem perto dali. Cerrei os olhos e pedi que fosse um pesadelo. "Me leva daqui, Deus, me teletransporta". Só voltei à terra quando entre uns blábláblás ouvi a palavra pinça.
- Vou dar uma pinçada aqui porque ficaram um pelinhos, tá?
- Pode pinçar, tá tudo dormente mesmo, tô sentindo nada.
Estava enganada. Senti cada picadinha daquela pinça filha da mãe arrancar cabelinhos resistentes da pele já dolorida. Eu quis matá-la. Mas mal sabia que o motivo para isso ainda estava por vir.
- Vamos ficar de lado agora?
- Hein?
- Deitar de lado pra fazer a parte cavada.
Pior não podia ficar. Obedeci à Penélope. Deitei de ladinho e fiquei esperando novas ordens.
- Segura sua bunda aqui?
- Hein?
- Essa banda aqui de cima, puxa ela pra afastar da outra banda.
Tive vontade de chorar. Eu não podia ver o que Pê via. Mas ela estava de cara para ele, o olho que nada vê. Quantos haviam visto, à luz do dia, aquela cena? Nem minha ginecologista. Quis chorar, gritar, peidar na cara dela, como se pudesse envenená-la. Fiquei pensando nela acordando à noite com um pesadelo. O marido perguntaria:
- Tudo bem, Pê?
- Sim... sonhei de novo com o cu de uma cliente.
Mas de repente fui novamente trazida para a realidade. Senti o aconchego falso da cera quente besuntando meu Twin Peaks. Não sabia se ficava com mais medo da puxada ou com vergonha da situação. Sei que ela deve ver mil cus por dia. Aliás, isso até alivia minha situação. Por que ela lembraria justamente do meu entre tantos? E aí me veio o pensamento: peraí, mas tem cabelo lá?
Fui impedida de desfiar o questionamento. Pê puxou a cera. Achei que a bunda tivesse ido toda embora. Num puxão só, Pê arrancou qualquer coisa que tivesse ali. Com certeza não havia nem uma preguinha pra contar a história mais. Mordia o travesseiro e grunhia ao mesmo tempo. Sons guturais, xingamentos, preces, tudo junto.
- Vira agora do outro lado.
Porra.. por que não arrancou tudo de uma vez? Virei e segurei novamente a bandinha. E então, piora. A broaca da salinha do lado novamente abre a cortina.
- Penélope, empresta um chumaço de algodão?
Apenas uma lágrima solitária escorreu de meus olhos. Era dor demais, vergonha demais. Aquilo não fazia sentido. Estava me depilando pra quem?
Ninguém ia ver o tobinha tão de perto daquele jeito. Só mesmo Penélope. E agora a vizinha inconveniente.
- Terminamos. Pode virar que vou passar maquininha.
- Máquina de quê?!
- Pra deixar ela com o pêlo baixinho, que nem campo de futebol.
- Dói?
- Dói nada.
- Tá, passa essa merda...
- Baixa a calcinha, por favor.
Foram dois segundos de choque extremo. Baixe a calcinha, como alguém fala isso sem antes pegar no peitinho? Mas o choque foi substituído por uma total redenção. Ela viu tudo, da perereca ao cu. O que seria baixar a calcinha? E essa parte não doeu mesmo, foi até bem agradável.
- Prontinha. Posso passar um talco?
- Pode, vai lá, deixa a bicha grisalha.
- Tá linda! Pode namorar muito agora.
Namorar...namorar... eu estava com sede de vingança. Admito que o resultado é bonito, lisinho, sedoso. Mas doía e incomodava demais. Queria matar minhas amigas. Queria virar feminista, morrer peluda, protestar contra isso. Queria fazer passeatas, criar uma lei antidepilação cavada.
Queria comprar o domínio www.preserveasbucetaspeludas.com.br.




É ótimo. Isso também me lembra uma das várias piadas do Ary Toledo que gostava de ler, quando ele diz pra “deixar o bom-bril”. Me faz rir por muito tempo. Adoro uma boa piada. Só gostaria de saber contar uma. Depois de re-ler esse texto, nem liguei mais para o fato de não poder dormir naquela madrugada. Me deu gás para esperar o horário para trabalhar. Por acaso se a autora ou o autor (vai que quem escreveu foi um homem, não é?) ler esse texto, por favor não me processe porque não é meu intuito lucrar com esse texto. Só compartilhar com meus leitores.

Música da Vez:
Parece que a humanidade não aprende com o passado. Quantos e quantos inocentes morreram em guerras passadas (e continuam morrendo em conflitos) e há quem ainda queira justificar um ataque militar? A música da vez é Viðrar Vel Til Loftárása (Tempo bom para ataques aéreos) dos islandeses do Sigur Rós. Link no Youtube Pra aguçar a curiosidade, deixo a cargo de vocês a encumbência de procurar a tradução no meu santo predileto. (São Google) Só adianto que os últimos versos são os melhores da letra. Boa sorte.






Verdade seja dita (ou escrita):
Das coisas que a gente vê no mundo, muitas delas nos deixam de cabelo em pé. Uma delas foi saber que Ingressos para posse de Obama se esgotam em 1 minuto. Isso mesmo. Estadunidenses deram 25 dólares cada para ver o presidente tomando posse. Que a posse de um presidente é um acontecimento extraordinário em uma nação, concordo. Mas isso é exagero. E se a moda pega e cada país resolve fazer das posse de presidente um show de televisão, com direito a efeitos especiais e tudo? Só sei que as coisas estão de um jeito muito estranho. Isso é que eu chamo de “pagar pra ver”.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Que Vergonha...

Que espécie de fã sou eu? Estou com o último disco do Pato Fu – Daqui pro futuro - há quase um ano em casa e não havia parado pra escutar. Realmente, é uma vergonha porque o disco foi lançado em 2007. Dá pra acreditar? Ouvi algumas músicas aqui e ali, mas não prestava atenção. Ontem, de súbito, uns versos seguraram minhas orelhas e disseram: “Agora você vai nos ouvir...”. E não é que eu ouvi?!

Então aqui estou eu, rapidamente, dando uma de crítico musical: Realmente o Pato Fu passa longe daquela época de “Rotomusic” e outras maravilhas, mas continua ótimo. Este disco é muito criativo e inteligente. Bem melodioso e sutil. Quem já conhece as alfinetadas de John na sociedade, religião e política, as reconhecem muito bem nesse disco. Gostei de muitas músicas, entre elas “Woo!”, que despretensiosamente parece uma boa mensagem de alivio mental. Eis a letra:

“Woo!
(John Ulhoa)

Faça algo mágico e faça agora
Ahaaa
Faça isso rápido e sem demora
Ahaaa
Sinta a sua lógica indo embora
Ahaaa
Faça algo cínico e dê o fora
Ahaaa

Quando algo sai do seu controle
O mundo volta a respirar
A confusão pode ser doce
A perfeição pode matar... ah...

Sinta seu espírito ir à forra
Ahaaa
Tranque esse cubículo por fora
Ahaaa
Veja como é ótimo, não tenha medo
Ahaaa
Conte o seu angélico segredo
Ahaaa

Quando algo sai do seu controle
O mundo volta a respirar
A confusão pode ser doce
A perfeição pode matar... ah...

Woo!

Woo!”.


Que atire a primeira pedra aquele que nunca teve vontade de fazer uma loucura na vida. Pra mim, é simplesmente libertador. Adoro quando diz “Sinta a sua lógica indo embora”, porque na hora que você faz a “besteira” não tem o que pensar mesmo. É como você sentar num carrinho de rolimã, fechar os olhos e se lançar ladeira abaixo, apenas aproveitando a brisa. (Quem faz isso hoje em dia?) Adoro músicas com boas influências. E essa, realmente, é uma delas. Claro, também tem outras com versos muito bons e graciosos, e outras um tanto confusas e enigmáticas. A última do disco (1000 guilhotinas) me lembrou várias outras com a mesma temática – guerras. Duas, em particular, da Legião Urbana: “Canção do Senhor da Guerra” e “Soldados”.

E para quem acha que não se pode fazer um bom trabalho estando fora de uma dessas grandes gravadoras, o Pato Fu novamente prova o contrário com este disco. Nas palavras do Paralelo (não sei se é fã e crítico, ou fã ou crítico): “Quando a arte não é livre, simplesmente não é arte”. Essa frase diz tudo.

É isso.

Música da Vez:
De agora em diante, junto com as postagens, vou colocar uma sugestão de música para ouvirem. (de preferência com um link no youtube, claro, né?) Mas que idéia boa. Porque eu não pensei nisso antes? Ah, tá bom. Essa é a segunda postagem mesmo...
A música da vez é... Tchan, tchan, tcharannn... Woo, da banda Pato Fu. Link no Youtube (supresos? – hehehe)




Verdade seja dita (ou escrita):
Li uma notícia do DIÁRIO DO PARÁ ( Cinema brasileiro está em queda livre, mostram números ) dando uma triste informação relacionada aos filmes Brasileiros. Que o Cinema Brasileiro vai mal das pernas, ah isso com certeza. Eu sou uma das pessoas que reclama da baixa qualidade dos filmes tupiniquins. Dos mais recentes (de dez anos pra cá) vi muito pouco e ainda assim não achei bom. Não me admira que quem vai ao cinema foge dos filmes nacionais. Tomara, realmente, que nesse ano possam melhorar esse quadro.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Eis o primeiro!!

Pois é. Acho que sou a única pessoa que demora mais de dois meses para colocar o primeiro post num blog. Acreditava que era por preguiça, mas hoje eu vi que era falta de assunto.

Graças à uma notícia no site da INFO ( Uso de blogs beneficia alunos, diz pesquisa ), hoje tenho assunto para começar meu blog. Talvez porque o tema da notícia seja "produção de blogs", eu resolvi dar meu pitaco no assunto.

Mesmo lendo somente a matéria da INFO, concordo inteiramente com a pesquisa. Qualquer meio de escrita ou leitura ajuda no desenvolvimento intelectual do aluno (da pessoa em si). Isso não é exclusividade da internet. O certo seria promover o interesse em muitos veículos de informação como jornais e revistas.

Quando criança, nos meus primeiros anos de estudo, eu vivia lendo tudo que encontrava pela rua e na televisão. Não lembro se foi minha irmã mais velha ou meu pai que ralhou comigo por eu estar lendo em voz alta o que aparecia na televisão. Mas lembro que minha mãe me defendeu dizendo apenas "Deixa ele ler". Lembro também de um fato ocorrido bem depois disso. Meu pai recebeu uns amigos em casa, pegou um jornal e me chamou. Queria que eu lesse qualquer coisa para aqueles estranhos. (estranhos pra mim que nunca os havia visto) Eu li, como uma boa criança faria, mas não gostei de ser usado como macaco de circo. Fato bom é que não me deixei influenciar por isso e continuei a procurar aprender. Hoje não sou catedrático em português, mas procuro estar atento à nossa maravilhosa e rica gramática.

Sempre ouvi que o português é mais difícil que o inglês ou espanhol. Pode até ser. Mas não chega a ser um bicho-de-sete-cabeças e quando você resolve aprender, pode ficar encantado com um mundo de possibilidades verbais e escritas que você dispõe. Agora com essas novas regras, vamos ter um motivo a mais para ficar atentos.

É isso.




Verdade seja dita (ou escrita):
Mais um ano terminou e outro chegou. Fala sério, acho que 2008 foi um pé no s$#% para muitas pessoas. Espero que 2009 seja melhor - muito melhor. Pelo menos, eu vou trabalhar para isto. (hehehe)
Mas ainda temos que passar pelo carnaval. (Isso é realmente necessário?) Simplesmente não acredito que 2008 nem havia terminado e já estava lendo notícias sobre o carnaval 2009. É de perder a cabeça. Aqueles que gostam de carnaval, me desculpem, mas eu não consigo engolir aquela festa...