sábado, 3 de janeiro de 2009

Que Vergonha...

Que espécie de fã sou eu? Estou com o último disco do Pato Fu – Daqui pro futuro - há quase um ano em casa e não havia parado pra escutar. Realmente, é uma vergonha porque o disco foi lançado em 2007. Dá pra acreditar? Ouvi algumas músicas aqui e ali, mas não prestava atenção. Ontem, de súbito, uns versos seguraram minhas orelhas e disseram: “Agora você vai nos ouvir...”. E não é que eu ouvi?!

Então aqui estou eu, rapidamente, dando uma de crítico musical: Realmente o Pato Fu passa longe daquela época de “Rotomusic” e outras maravilhas, mas continua ótimo. Este disco é muito criativo e inteligente. Bem melodioso e sutil. Quem já conhece as alfinetadas de John na sociedade, religião e política, as reconhecem muito bem nesse disco. Gostei de muitas músicas, entre elas “Woo!”, que despretensiosamente parece uma boa mensagem de alivio mental. Eis a letra:

“Woo!
(John Ulhoa)

Faça algo mágico e faça agora
Ahaaa
Faça isso rápido e sem demora
Ahaaa
Sinta a sua lógica indo embora
Ahaaa
Faça algo cínico e dê o fora
Ahaaa

Quando algo sai do seu controle
O mundo volta a respirar
A confusão pode ser doce
A perfeição pode matar... ah...

Sinta seu espírito ir à forra
Ahaaa
Tranque esse cubículo por fora
Ahaaa
Veja como é ótimo, não tenha medo
Ahaaa
Conte o seu angélico segredo
Ahaaa

Quando algo sai do seu controle
O mundo volta a respirar
A confusão pode ser doce
A perfeição pode matar... ah...

Woo!

Woo!”.


Que atire a primeira pedra aquele que nunca teve vontade de fazer uma loucura na vida. Pra mim, é simplesmente libertador. Adoro quando diz “Sinta a sua lógica indo embora”, porque na hora que você faz a “besteira” não tem o que pensar mesmo. É como você sentar num carrinho de rolimã, fechar os olhos e se lançar ladeira abaixo, apenas aproveitando a brisa. (Quem faz isso hoje em dia?) Adoro músicas com boas influências. E essa, realmente, é uma delas. Claro, também tem outras com versos muito bons e graciosos, e outras um tanto confusas e enigmáticas. A última do disco (1000 guilhotinas) me lembrou várias outras com a mesma temática – guerras. Duas, em particular, da Legião Urbana: “Canção do Senhor da Guerra” e “Soldados”.

E para quem acha que não se pode fazer um bom trabalho estando fora de uma dessas grandes gravadoras, o Pato Fu novamente prova o contrário com este disco. Nas palavras do Paralelo (não sei se é fã e crítico, ou fã ou crítico): “Quando a arte não é livre, simplesmente não é arte”. Essa frase diz tudo.

É isso.

Música da Vez:
De agora em diante, junto com as postagens, vou colocar uma sugestão de música para ouvirem. (de preferência com um link no youtube, claro, né?) Mas que idéia boa. Porque eu não pensei nisso antes? Ah, tá bom. Essa é a segunda postagem mesmo...
A música da vez é... Tchan, tchan, tcharannn... Woo, da banda Pato Fu. Link no Youtube (supresos? – hehehe)




Verdade seja dita (ou escrita):
Li uma notícia do DIÁRIO DO PARÁ ( Cinema brasileiro está em queda livre, mostram números ) dando uma triste informação relacionada aos filmes Brasileiros. Que o Cinema Brasileiro vai mal das pernas, ah isso com certeza. Eu sou uma das pessoas que reclama da baixa qualidade dos filmes tupiniquins. Dos mais recentes (de dez anos pra cá) vi muito pouco e ainda assim não achei bom. Não me admira que quem vai ao cinema foge dos filmes nacionais. Tomara, realmente, que nesse ano possam melhorar esse quadro.

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